Urgências vão encaminhar doentes para os centros de saúde

Mais de 40 centros de saúde abertos após as 20:00 nos dias úteis e 189 ao fim de semana Quarenta e dois centros de saúde estão a funcionar após as 20:00 nos dias úteis e 189 estarão abertos ao fim de semana para dar resposta a doença aguda não emergente, anunciou o Ministério da Saúde. Em comunicado, a tutela adianta que, numa altura de maior procura de cuidados de saúde, em resultado do aumento de infeções respiratórias e do tempo frio, que “pode descompensar a doença crónica”, os utentes devem contactar previamente a linha telefónica SNS24 (808 24 24 24) para “aconselhamento e encaminhamento para a unidade de saúde mais adequada”. O Ministério da Saúde salienta que os centros de saúde “são alternativa” às urgências dos hospitais “para consultas em situações não emergentes”. Os tempos de espera nas urgências dos hospitais aumentaram devido à maior afluência de doentes, sobretudo na quadra festiva do Natal e Ano Novo e motivada em parte pelo aumento de casos de gripe. Segundo a tutela, os centros de saúde realizaram mais de 50 mil atendimentos nos fins de semana alargados do Natal e Ano Novo. Neste período, que coincidiu com uma greve de enfermeiros, houve centros de saúde que funcionaram com horário mais extenso. No comunicado, o ministério enfatiza que a opção pelos centros de saúde em situações de doença aguda não emergente, como sintomas respiratórios ligeiros a moderados, “contribui para o melhor atendimento de todos os utentes e para diminuir a pressão nos serviços de urgência” dos hospitais. A nota acrescenta que a linha SNS24 recebeu 62 mil chamadas na semana de 27 de dezembro a 02 de janeiro, mais 12% face à semana precedente.
Centro de Saude da Maia

Os doentes pouco ou não urgentes, com pulseiras azuis ou verdes, poderão em breve ser transferidos para os centros de saúde, com prazo máximo de atendimento de 24 horas. Contudo, isso só acontece se assim o entenderem, porque podem recusar, avança o ‘Público’.

Segundo a mesma publicação, esta norma apenas se aplica aos doentes que aceitarem ser vistos por um médico noutro local, tal como estabelece a “circular normativa” da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), em vigor desde o final da semana passada.

Este documento, adianta o jornal, determina que os hospitais públicos devem definir, em conjunto com os agrupamentos dos centros de saúde (Aces), “protocolos administrativos de referenciação” destes doentes para as unidades dos cuidados de saúde primários (centros de saúde) ou para “respostas hospitalares programadas”.

Assim, segundo a circular, aos utentes triados com pulseiras azuis e verdes “deve ser explicada de forma clara a importância” do reencaminhamento e tem que lhes ser facultada, “de imediato, a informação sobre o local e data para a observação clínica e os modos de contacto por parte dos serviços”.

Os doentes que aceitarem ficam então dispensado do pagamento de taxas moderadoras, com as consultas a serem marcadas nas unidades dos centros de saúde onde estão inscritos, ou nas unidades do seu local de residência.

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