De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 18,4% da população estava em risco de pobreza no ano passado, uma subida de 2,2% face aos dados de 2019.
De acordo com a mesma entidade, a taxa de risco de pobreza correspondia à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos (por adulto equivalente) inferiores a 6 653 euros (554 euros por mês), em 2020.
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento indica ainda que o crescimento do risco de pobreza foi mais severo no caso das mulheres, sobretudo nas mulheres idosas, que subiu de 19,5% para 22,5%.
“A estratégia económica de crescimento da União Europeia para a próxima década, designada estratégia Europa 2030, define, entre outros objetivos, a redução do número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social na União Europeia em, pelo menos, 15 milhões de pessoas até 2030, e define um novo indicador de monitorização da população em risco de pobreza ou exclusão social, que conjuga as condições de pobreza relativa, de privação material e social severa e um novo indicador de intensidade laboral per capita muito reduzida”, sublinha o instituto no mesmo comunicado.
Em 2021 (rendimentos de 2020), em Portugal, 2 302 milhares de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material e social severa), indica o INE.
Os dados reunidos pelo INE permitiram concluir que, em 2020, Portugal foi, em geral, uma sociedade mais desigual.