Matosinhos faz parte do ‘Hub Azul’ juntando ciência e tecnologia para aproveitar potencial dos recursos marinhos

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foto de Arquivo de apdl.pt

Matosinhos é uma das autarquias incluídas no Hub Azul”, que é a Rede de Infraestruturas para a Economia Azul. A rede Hub Azul, que inclui Lisboa, Oeiras, Porto, Matosinhos, Algarve, Peniche e Açores, com um investimento total de 87 milhões de euros, contará com verbas do PRR – Plano de Resolução e Resiliência.

Na sexta-feira, dia 11, já avançou um primeiro passo para o projeto Hub do Mar, que será instalado na Doca de Pedrouços, em Lisboa, com a candidatura aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em 31 milhões de euros.

O desenvolvimento do projeto arrancou com a assinatura do acordo de consórcio, celebrado entre cinco parceiros, designadamente a Câmara Municipal, a Universidade de Lisboa, a Docapesca, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Fórum Oceano, numa cerimónia que contou com a presença do ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e que terminou com a visita ao espaço da Doca de Pedrouços que irá acolher o Hub do Mar.

O edifício do Hub do Mar vai ser construído na Doca de Pedrouços, ao lado da Fundação Champalimaud e da Fundação Gulbenkian, e pretende ser um espaço para acolher “muitas empresas” na área do mar, que potencie “a criação de valor através da inovação, da tecnologia e da ciência”, juntando as universidades e centros de investigação.

O ministro do Mar disse que o investimento de 31 milhões de euros do PRR é 100% a fundo perdido, para construir na Doca de Pedrouços um novo edifício chamado de Shared Ocean Lab [laboratório oceano partilhado], que vai ter vários laboratórios para diferentes tipos de atividades da economia azul e espaços cientificamente equipados, inclusive para prototipagem e biorefinarias.

“Estas serão infraestruturas de uso partilhado onde se poderão desenvolver múltiplos projetos de investigação e inovação”, indicou Ricardo Serrão Santos, adiantando o que o Hub do Mar vai ainda incluir “um espaço dedicado a um biobanco nacional de recursos marinhos, com todo o equipamento laboratorial para a sua manutenção, assim como um ‘datacenter’ associado ao Hub Azul”, que é a Rede de Infraestruturas para a Economia Azul.

Realçando que em Portugal a investigação em ciências do mar “é de ponta”, inclusive em termos de produção ‘per capita’ está em número um na União Europeia, segundo o relatório de 2020 da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, o ministro disse que essa “excelente investigação científica e inovação” ao nível das universidades não se tem verificado em termos de transição para o mundo empresarial e para a economia.

Nesse sentido, a rede Hub Azul, que inclui Lisboa, Oeiras, Porto, Matosinhos, Algarve, Peniche e Açores, com um investimento total de 87 milhões de euros, entre os 252 milhões previstos do PRR para desenvolver uma economia do mar, vai ser “um pontapé de saída muito importante” para fazer a interligação entre a ciência e inovação e o mundo empresarial neste domínio, inclusive na biotecnologia azul com as farmacêuticas, nas engenharias dos sensores, dos módulos subaquáticos autónomos e na área da aquicultura.

“Temos excelente investigação na área das biotecnologias. Agora é preciso passar de facto para a economia produtiva”, reforçou Ricardo Serrão Santos, realçando a importância de Portugal aprofundar a sua relação com o mar, “reconhecendo o seu potencial para ser um fator determinante para o crescimento económico do país”.

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