Matosinhos apresentou a sua Estratégia de biodiversidade

Luísa Salgueiro_Foto CM Matosinhos Francisco Teixeira

Em 2030, Matosinhos quer ser um hub de biodiversidade, uma cidade que valoriza o capital natural, reconhecendo o papel vital que este desempenha na saúde e bem-estar humanos, na resiliência climática e no desenvolvimento sustentável.

Para concretizar este objetivo, a Câmara Municipal de Matosinhos desenvolveu a sua Estratégia de Biodiversidade, Ecossistemas & Capital Natural, que foi apresentada ontem, e que assenta em três eixos estratégicos: Salvaguarda da biodiversidade e habitats nativos; Restauro Ecológico; e Infraestruturas verdes e azuis.

Inspirada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 – “Proteger a Vida Terrestre” e “Proteger a Vida Marinha” – a Estratégia de Biodiversidade, Ecossistemas & Capital Natural integra a Estratégia de biodiversidade da União Europeia para 2030 e o movimento Green City Accord, cuja adesão Matosinhos assinou há dois anos.

O objetivo é proteger a natureza e reverter o processo de degradação dos ecossistemas, colocando a biodiversidade da Europa numa trajetória de recuperação até 2030.

Matosinhos é um território maioritariamente urbano, com atividade agrícola nalgumas partes do concelho, sendo que as manchas florestais são essencialmente constituídas por eucaliptos em pinhais e matas. Orla costeira, rio Onda e Corredor Verde do Leça são outras áreas verdes do concelho. Apenas 11,6% do território é arborizado. O documento aposta para uma tendência de perda de capital natural que a autarquia quer inverter.

Para o efeito, foram definidos 10 objetivos e metas: Restaurar o curso natural dos rios; aumentar a área florestal; trazer a natureza de volta à cidade; promover práticas agrícolas sustentáveis; recuperar solos contaminados e reduzir a impermeabilização; travar a degradação do estado de conservação de espécies e habitats; reduzir a utilização de pesticidas químicos e de fertilizantes; reverter o declínio dos polinizadores; restaurar áreas significativas de ecossistemas degradados e ricos em carbono; e reduzir o número de espécies críticas ameaçadas por espécies exóticas invasoras.

A autarquia informa ainda que, pelo menos, 32 programas estão já em desenvolvimento para cumprir os objetivos definidos.

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