Até 15 de maio pode ser visitada a exposição sobre António Nobre, autor de “Só”, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos.
A mostra intitula-se “António Nobre, o poeta «só»” e celebra os 130 anos após a publicação do seu único livro.
No dia 2 de abril de 1892, terminava de ser impresso na tipografia de Leon Vanier, em Paris, o único livro publicado em vida do poeta António Nobre, o «Só».
Passados 130 anos, a Biblioteca Municipal Florbela Espanca, possuidora de um dos espólios do autor, assinala data com uma exposição documental focada nos documentos relacionados com a sua impressão, onde constam alguns dos manuscritos e tiposcritos, o trabalho, as hesitações e as correções que antecederam a 1ª edição.
Trata-se de uma seleção de documentos feita a partir desse espólio do poeta do ultrarromantismo, simbolismo e saudosismo, que aborda temas como a saudade, a morte, a dor, a ternura, do qual a biblioteca possui 377 espécies e que é constituído, entre outros, por um conjunto de manuscritos do autor, de cartas a cadernos de rascunhos, e provas tipográficas do Só, 1ª e 2ª ed., com correção manuscrita feita pelo autor.
António Nobre nasceu em 1867 e faleceu em 1900 na cidade do Porto, teve na sua infância e juventude uma relação afetiva com o concelho de Matosinhos, mais concretamente com Leça da Palmeira onde passava os meses de verão e refere essa sua afeição em alguns dos seus manuscritos: como por ex. na p. 56, do caderno n.º 1 do espólio da BMFE “Só gosto de Leça por ser muito socegada[sic]. Eu costumo passar o mês de Junho na aldeia e em Leça os de Julho, Agosto, Setembro e Outubro”, eram para o poeta os de que mais gostava.
