O assunto ainda vai voltar a ser analisado na próxima reunião de Câmara de Matosinhos, daqui a uma semana.
A Câmara de Matosinhos aprovou na última reunião do executivo, em 28 de dezembro, o aumento de tarifário da água, fornecida no concelho pela Indaqua, mas com uma ressalva: Luísa Salgueiro comprometeu-se a verificar com a empresa concessionária a possibilidade de adiar o aumento ou a rever a subida das tarifas mais por baixo. A autarca volta a discutir o assunto com os vereadores na próxima reunião, daqui a uma semana.
O vereador António Parada (do Movimento António Parada Sim) foi o primeiro a manifestar-se contra a proposta e votou no mesmo sentido, embora apresentando uma declaração de voto. Parada considera que se deve cumprir o contrato com a concessionária, que tem “feito um serviço positivo”, mas não pode aceitar aumento de tarifário na atual conjuntura de alguma crise para certas famílias.
Assim, o vereador independente declarou estar suscetível “a algum ajustamento para não onerar tanto os munícipes, perante o qual estará disponível a mudar o sentido de voto”.
De acordo com os técnicos da autarquia, “não poderão ser cobradas taxas inferiores ao que está estipulado no contrato entre a Câmara de Matosinhos e a Indaqua, sendo a única solução a Câmara suportar uma parte dos custos”.
Luísa Salgueiro explicou ao executivo que o documento tinha que ser aprovado até ao final do ano, por obrigação legal, pelo que se comprometeu a negociar com a Indaqua uma solução, sempre garantindo que o contrato não seja violado e não implicando “obrigações acrescidas para o município”.
A presidente da Câmara de Matosinhos lembrou a propósito que existe um tarifário social, especificamente para apoiar famílias mais carenciadas. Ainda assim, mostrou abertura para acautelar as preocupações expostas pela oposição.
José Pedro Rodrigues, vereador eleito pela CDU, votou contra a proposta, salientando que os aumentos previstos são superiores à taxa de inflação.