Um projeto que junta três faculdades da Universidade do Porto (UPorto), e que serviu para avaliar o desgaste dos operacionais que combatem incêndios, comprovou que a fadiga física é uma “séria ameaça” à saúde e segurança dos bombeiros.
O estudo foi elaborado em parceria pelas Faculdades de Engenharia (FEUP), de Desporto (FADEUP) e de Medicina (FMUP) da Universidade do Porto.
Num resumo do projeto divulgado pela agência Lusa, os investigadores desenvolveram um método para avaliar o desgaste dos bombeiros nos incêndios que se traduz num algoritmo de aprendizagem automática, que permite antecipar situações de exaustão em pessoas sujeitas a esforço físico intenso.
O estudo avaliou o desempenho de 24 bombeiros de uma corporação local. Neste projeto, as melhores precisões foram registadas na intensidade física baixa (93%) e severa (86%), o que evidencia a capacidade do modelo na identificação de casos de esforço físico extremo, o que será muito útil em cenários de campo.
Assim, com estas ferramentas fica disponível um conjunto de informação que pode ser processada por algoritmos de apoio à decisão . Estes dados permitirão ajudar no planeamento das operações no terreno, segundo os investigadores.
O estudo intitulado “Método de aprendizagem automática para modelar a fadiga física durante o exercício incremental entre bombeiros” foi publicado na revista científica Sensors.
