Três imóveis de Matosinhos são “Monumento de Interesse Municipal”

Foto CM Matosinhos

A Casa do Major, em Custóias, a Quinta de Santo António e o Bairro da Caixa Sindical de Previdência da Indústria Têxtil (ambos em S. Mamede de Infesta) são os três imóveis recentemente classificados pela Câmara Municipal como “Monumento de Interesse Municipal”. A autarquia abriu entretanto procedimento para classificação do Teatro Constantino Nery.

A Casa do Major é um exemplar da Casa Agrícola tradicional das Terras da Maia. Teve a sua origem no Meio Casal de Custóias, remontando ao século XVII, que era pertença da Ordem do Hospital, ordem religiosa assim designada na Idade Média e que, a partir do século XVI, passa a denominar-se Ordem de Malta ou Ordem dos Cavaleiros de Malta.

A Quinta de Santo António, também conhecida como a Quinta do Dourado, é um exemplar da casa de “brasileiro de torna-viagem”. Foi construída para residência de Boaventura da Costa Dourado, um comerciante do Porto que, após ter emigrado no Brasil, estabeleceu-se na Rua das Flores e mais tarde veio residir para esta casa, que terá sido concluída em 1844.

Já o Bairro da Caixa Sindical de Previdência da Indústria Têxtil testemunha um modelo de habitação social num período de expansão da industrialização em S. Mamede de Infesta. Este bairro com 155 habitações, distribuídas por vários edifícios de dois pisos, foi construído a partir de 1951 pelo Programa de Casas Económicas, com um projeto do arquiteto Germano de Castro Pinheiro e concluído no final dessa década.

A classificação de “Monumento de Interesse Municipal” é um dos graus de classificação previstos na legislação para salvaguarda e preservação de bens imóveis que representam, no todo ou em parte, um valor cultural de significado predominante para um determinado município.

A Câmara de Matosinhos deliberou também abrir o procedimento de classificação do edifício do Teatro Constantino Nery, na Avenida Serpa Pinto. Foi a primeira sala de espetáculos de Matosinhos, construída por iniciativa do Visconde de Trevões, Emídio Ló Ferreira, e inaugurada em 1905. Durante quase todo o século XX foi um dos locais de agregação dos matosinhenses. Já no início do século XXI foi adquirida pela Câmara Municipal de Matosinhos e reconstruída segundo um projeto do arquiteto Alexandre Alves Costa.

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