Nos primeiros cinco meses do ano foram realizadas 1,7 milhões de consultas de Medicina Geral e Familiar, das quais um milhão em Lisboa e Vale do Tejo, onde se localiza a maioria dos utentes sem médico de família.
Os dados foram avançados pela ministra da Saúde, Marta Temido, na primeira audição regimental da governante nesta legislatura, na Comissão da Saúde, na sequência de questões levantadas pelo deputado do PSD Ricardo Baptista Leite e pelo deputado do Chega Pedro dos Santos Frazão sobre o número de portugueses sem médicos de família (1,4 milhões).
Em resposta às críticas dos deputados, Marta Temido esclareceu que “os utentes que não têm médico de família têm acesso a consultas de medicina geral e familiar no SNS”.
Adiantou ainda que, no âmbito do regime excecional de incentivos à recuperação da atividade assistencial, no verão de 2020, ano do início da pandemia, foram realizadas 142 mil consultas e 70 mil cirurgias em produção adicional no SNS, com incentivos de 74 milhões de euros aos seus profissionais.
A ministra destacou igualmente o aumento de cobertura dos rastreios oncológicos de base populacional, com o número de mulheres rastreadas ao cancro da mama a crescer 13% e 16% no rastreio do cancro do colo do útero.