PSD quer tornar Matosinhos “referência na Cultura”

Foto J Gomes

O PSD Matosinhos pretende transformar Matosinhos num “concelho de referência na Cultura”, conforme pode ler-se num comunicado da Comissão Política Concelhia, liderada por Bruno Pereira, também vereador do executivo de Matosinhos.

O objetivo é “ambicioso” e visa incidir a “atividade em áreas tão vastas quanto a recuperação e utilização do património edificado e imaterial. Pretendemos que a cultura seja verdadeiramente acessível a todos, cosmopolita como o concelho que se idealiza, que abra horizontes, mas que não esqueça as nossas raízes e as nossas pessoas”, refere ainda o documento.

A base do desenvolvimento cultural assenta na Educação, expondo a comunidade educativa a espetáculos a ela adequados, bem como levar a atividade cultural a associações do município.

E é com estes pressupostos que o PSD Matosinhos apresenta 15 medidas num programa cultural destinado a desenvolver Matosinhos nesta área e que passamos a transcrever:

1- «Centro Interpretativo para a preservação e valorização do Castro do Monte Castelo de Guifões – adotar uma estratégia que permita uma melhoria do espaço, desenvolvendo um plano que, a longo prazo, crie, no local, infraestruturas e comodidades para que se possam desenvolver programas educacionais e de gestão de visitantes, designadamente um Centro Interpretativo; criar um maior envolvimento da comunidade e das empresas locais para promover o local; adotar práticas de turismo sustentável; realizar Workshops e pequenos Eventos; desenvolver uma estratégia de marketing e promoção para atrair visitantes.

2 – Criar o Museu do Mar, que represente os símbolos, as tradições e a Cultura de Matosinhos, bem como a fauna e a flora marinha da sua Orla Costeira. Contudo, preten­de-se, também, que este museu se estenda para lá das suas paredes, pelo que em toda a Orla Costeira será colocada espólio que represente a ligação de Matosinhos ao Mar;

3 – Tornar Matosinhos o centro dos maiores certames gastronómicos de Marisco e Peixe do país, envolvendo o setor da restauração local, conhecido pela sua qualidade e produtos frescos, e a comunidade piscatória local, pretendemos estabelecer em Matosinhos o Festival do Marisco e do Peixe que elevem os sabores do Mar e melhor combinem com o espírito das férias de verão – sendo o sector da restauração um dos vetores mais importantes no desenvolvimento da economia local de Matosinhos. Estes Festivais devem constituir uma oportunidade de divulgação cultural, económica e turística para Matosinhos. No decorrer para além dos visitantes poderem saborear uma variedade de pratos à base de marisco e peixe, os eventos contam com música ao vivo, atividades culturais e artesanais, tornando-o uma excelente oportunidade para conhecer, não só a gastronomia de Matosinhos, mas também a cultura local, desfrutando de um ambiente festivo, para tal propõem-se a criação de eventos gastronómicos de Marisco em Matosinhos e do Peixe em Angeiras;

4 – Criar ou renovar roteiros culturais: o primeiro, da Arquitetura de Matosinhos, o qual deve ser modernizado e comple­mentado com a aquisição de obras de arte de artistas nacionais e internacionais, com especial enfoque sobre os artistas locais. Torna-se assim, primordial, numa fase de grande desenvolvimento de novas tecnologias, desenvolver ferramentas atuais e avançadas, que sejam intuitivas e acessíveis e que simplifiquem a vida aos visitantes; o segundo um roteiro de Arte Sacra e Arquitetura Religiosa de Matosi­nhos, o que implica um investimento na requalificação do nosso património religioso; em terceiro um roteiro da natureza fluvial, aproveitando o corredor verde do rio Leça, o que implica a reflorestação e ordenamento da zona envolvente com espécies arbóreas autóctones;

5 – Criar um Parque Museológico Marítimo, colocando estruturas artificiais em alto mar, material não poluente, que permita a proliferação da vida marítima e a manutenção da fauna e flora marítima, gerando, assim, condições para a existência de um parque museológico, no fundo do mar, a poucas milhas da costa de Matosinhos, investindo numa moderna e inovadora modalidade de turismo e cultura;

6 – Criar espaços de exposição em Brito Capelo para que artistas locais ou internacionais possam exibir os seus trabalhos, com o desenvolvimento de iniciativas e projetos culturais, orientados para um âmbito nacional ou internacional de grande prestígio, reanimando um dos locais mais emblemáticos de Matosinhos;

7 – Criar espaços para a cultura no casco histórico de Brito Capelo para que companhias de teatro e arte, escolas de música, de dança ou de espetáculos possam desenvolver iniciativas e projetos culturais e que tragam nova vida à zona histórica de Matosinhos por excelência;

8 – Aquisição e/ou requalificação de salas de espetáculos abandonadas em Matosinhos, colocando posteriormente esses espaços à disposição das entidades culturais do concelho;

9 – Implementar o Programa Cultura Para Todos. Este Pro­grama consiste na realização de 5 tipos de eventos – todos eles já com um plano bastante concreto: Música na Quinta, Encontro de Ranchos Folclóricos de Matosinhos, Terminal D’Arte, Encontro Nacional de Bandas Filarmónicas e Festival de Teatro Amador de Matosinhos;

10 – Residências artísticas espalhadas em espaço de museu, sobre os mais variados artistas e agentes culturais, tendo em conta a linha de especificidade histórico-cultural do concelho, realizando eventos temáticos junto de zonas habitacionais que visem a pro­moção de maior proximidade entre a comunidade, de forma a incentivar o sentimento de pertença à primeira;

11 – Dialogar com as coletividades do concelho para a concessão de subsídios/faci­lidades/infraestruturas para a produção de programas e espetáculos compatíveis com a apresentação à comunidade educativa, direcionado aos diferentes níveis educacionais – pré-escolar, 1º ciclo, básico, secundário – valorizando a educação artística que se faz nas escolas generalistas, promovendo, ao mesmo tempo, a captação de futuros atores, músicos, artistas plásticos, entre outras possíveis carreiras artísticas;

12 – Promover mais bibliotecas itinerantes, de forma a incentivar uma maior cultura de leitura entre as nossas crianças e jovens e na era da digitalização emergente, promover o acesso a e-books. Esta proposta visa o reforço das bibliotecas móveis que devem ter como principal foco as freguesias geograficamente mais distantes do centro de Matosinhos, promovendo maior coesão territorial. Uma proposta fácil de implementar e que promove incentivos corretos e benéficos para todos, servindo como mais um apoio para uma efetiva igualdade de oportunidades. Assim, todas as crianças e jovens têm acesso facilitado aos livros para apoiar a sua aprendizagem e lazer.

13 – Plano “MATOSINHOS À NOITE”. A Câmara Municipal deve iniciar um processo que vise a criação deste projeto. O foco passa por dinamizar a vida noturna de Matosinhos, não só apoiando (nomeadamente, ao nível da publicitação) negócios já estabelecidos no concelho, como também a procurar atrair novas oportunidades de negócio que visem diferentes faixas etárias. Tal deve, naturalmente, ser acompanhado de um plano de segurança noturna que reforce o bem-estar de todos os cidadãos. Este plano deve ainda estar inserido num plano macro de reabilitação de lugares icónicos do nosso concelho, como é o caso de Brito Capelo.

14 – Incluir Matosinhos no roteiro dos espetáculos Candelight, concertos envoltos por um ambiente intimista, com uma luz ténue das velas, interpretados por diferentes músicos, com reinterpretação de músicas célebres, ao vivo, em locais emblemáticos de Matosinhos, como o Museu da Quinta de Santigo, Mosteiro de Leça do Balio, Senhor do Padrão, Casa de Chá da Boa Nova, Casa da Arquitetura, entre outros;

15 – Festival de Artes circenses, promover esta prática artística, repleta de criatividade e imaginação, onde o público pode assistir a acrobacia, contorcionismo, malabarismo e à magia do circo tradicional, através da realização de um festival anual em Matosinhos.»

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