PSD quer estação de dessalinização em Matosinhos para acelerar transição energética

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Foto: arquivo

O PSD/Matosinhos vai apresentar hoje, dia 31, em reunião de câmara, um pacote de medidas para “acelerar” a transição energética, onde inclui a criação de uma estação de dessalinização no espaço da antiga refinaria de Leça da Palmeira.

“Que a Câmara Municipal de Matosinhos promova investimento (público ou privado), nos terrenos da antiga refinaria de Leça da Palmeira, numa altura em que o problema da água é real e crítico, e quando existem apoios do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para esse efeito, a construção de uma estação de dessalinização”, sugere o líder da concelhia do PSD/Matosinhos numa proposta a que a Lusa teve hoje acesso.

Num pacote de 12 medidas, o PSD sugere a instalação de sensores e medidores de humidade relativa e de sistemas de aproveitamento de águas pluviais em todos os jardins, parques, edifícios e hortas biológicas da autarquia para reduzir os gastos com a água.

Na proposta, o vereador social-democrata Bruno Pereira apontou ainda a necessidade de acelerar a instalação de painéis fotovoltaicos, solares térmicos e termoacumuladores em todo o edificado municipal, assim como a substituição das luminárias pela tecnologia LED para diminuir os gastos com a eletricidade.

Outra das propostas assenta na criação de um programa de atribuição de apoio financeiro e administrativo ao setor empresarial de Matosinhos e às habitações próprias no que toca à instalação de painéis fotovoltaicos e coletores solares térmicos como alternativa à dependência energética.

Defendendo a elaboração de um Plano Diretor de Iluminação Pública, Bruno Pereira sugere também o uso de tecnologia de ativação por movimento, através de sensores que sejam ativados pela passagem de um automóvel ou um peão.

Dado o encerramento da refinaria de Leça da Palmeira, o PSD recomenda a criação nesses terrenos de uma estação de dessalinização.

Bruno Pereira recomenda também que a Câmara, em conjunto com outras entidades, requalifique os sistemas fluviais afluentes à costa e promova investimento público ou privado para o desenvolvimento de atividades económicas de mar, nomeadamente investindo na produção de bases no mar de forma a produzir energia proveniente da água.

Tendo em conta que 40% da energia primária utilizada no município ocorre em edifícios (22% em residencial e 18% em serviços), sendo responsáveis por 38% das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa”), o social-democrata defende a criação de um sistema de incentivo à construção e reabilitação urbana para edifícios que cumpram critérios de eficiência energética mais ambiciosos e que premeie a construção passiva.

Pedindo particular atenção às energias renováveis, Bruno Pereira entendeu que se deve passar de simples consumidores para produtores da energia, através de parcerias para a instalação e exploração de unidades de produção de energia solar fotovoltaica ou energia eólica em empresas e habitações.

“Matosinhos deve apostar em ser uma cidade assente preferencialmente em energias renováveis”, disse o presidente do PSD de Matosinhos.

Em nosso entender, acrescentou, o setor público, através das suas autarquias, deve investir em meios e formas de acelerar a transição energética, combater desperdícios e melhorar o aproveitamento dos recursos hídricos.

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