PSD/Matosinhos acusa Luísa Salgueiro de usar ANMP para fazer oposição ao Governo

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O PSD/Matosinhos acusou a presidente da Câmara, a socialista Luísa Salgueiro, de usar a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) para se posicionar “como oposição ao Governo”.

Em comunicado, o PSD acusa Luísa Salgueiro de se tentar posicionar “como oposição ao Governo para que o PS a reconheça, servindo-se da presidência da ANMP para comunicar a necessidade de mapear os centros de saúde degradados, para os poder remodelar, quando até ao momento esteve em silêncio para não prejudicar os seus reais interesses”.

“Falar-se agora de equidade no acesso a serviços de saúde, quando durante oito anos se permitiu silenciosamente o fecho de urgências hospitalares, o aumento das listas de espera por cirurgias e o brutal aumento do número de portugueses sem médico de família, é incorreto e irresponsável”, considera Bruno Pereira, em comunicado.

Na quinta-feira, no final de uma reunião com a ministra da Saúde, Luísa Salgueiro afirmou à Lusa que a ANMP e o Ministério da Saúde vão mapear os centros de saúde que precisam de obras no âmbito da descentralização de competências, tal como aconteceu com as escolas.

“Ao contrário do que aconteceu na educação, em que as câmaras municipais receberam as escolas, mas foi feito um programa que financia as obras de reabilitação dos edifícios, isso não acontece na saúde”, contou a socialista.

Luísa Salgueiro revelou que gostaria que fosse feito um acordo de financiamento igual ao que foi realizado na educação em que o Governo, na altura liderado pelo socialista António Costa, assumiu a 100% o financiamento das obras necessárias nos estabelecimentos de ensino.

Para os sociais-democratas, a posição de Luísa Salgueiro “demonstra mais uma vez que prefere os interesses do Partido Socialista em detrimento dos interesses matosinhenses ou dos portugueses”.

Bruno Pereira acusa ainda Luísa Salgueiro de não querer “ficar conhecida pelo encerramento” do centro de saúde de Santa Cruz do Bispo, no concelho de Matosinhos, mas ter permitido “uma vez mais num silêncio cúmplice, que este estivesse aberto sem médico”.

Contactada pela agência Lusa, Luísa Salgueiro não quis reagir às críticas feitas pelo PSD.

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