PODCAST: António Parada – candidato do Chega à Câmara de Matosinhos

Foto J Gomes

António Parada, aos 59 anos, não é um desconhecido dos matosinhenses no âmbito da política. Diretor técnico de profissão, Parada já foi presidente da Junta de Matosinhos e conseguiu ser eleito vereador na Câmara Municipal num movimento independente.

Às próximas eleições de 12 de outubro, António Parada aceitou o convite para encabeçar uma lista do CHEGA à Câmara Municipal. Contudo, e apesar de se identificar com as políticas nacionais do CHEGA, o candidato diz que não deixa de ser independente.

Questionado sobre o problema da mobilidade, António Parada garante que há “um desequilíbrio muito grande” no concelho, que cresceu com muita construção, mas tem “os mesmos acessos”, com a agravante de a Câmara ter feito “ruas mais estreitas”.

Também nos Transportes Públicos “tem que haver uma maior resposta” pois há mais pessoas. O candidato afirma mesmo que a “mobilidades, no âmbito dos transportes públicos é um fracasso”.

Aponta ainda o “fracasso de projetos programados e falhados à nascença” como o Metro Bus.

António Parada explica que este tipo de transporte é suposto ser rápido e ter um canal próprio, mas, sublinha, “na ponte da A28 o canal vai ser interrompido, portanto ficará dependente do trânsito”. Para António Parada isto “é uma falta de responsabilidade política” que a Câmara de Matosinhos deve “assumir” e “responder politicamente por esse erro”. O candidato lembra que este é um projeto “ao abrigo das verbas do PRR, com um valor de 22 milhões de euros e é um projeto falhado”.

Uma das grandes medidas para aliviar a carga de tráfego por Matosinhos é “abolir as portagens na A4”, pois as pessoas para as evitarem acabam por bloquear as freguesias da Senhora da Hora, Custóias e Leça do Balio. E, segundo o candidato do CHEGA, o facto de a presidente da Câmara não ter conseguido influenciar o governo quando era socialista foi “uma oportunidade que se perdeu, porque agora o do PSD é mais do mesmo e continua a não responder às necessidades dos matosinhenses”. António Parada acrescentou que foi o CHEGA que “conseguiu abolir as portagens na via do Infante, no Algarve, porque teve afirmação. Portanto, aqui também tem que haver essa afirmação”.

No que respeita ao tema da Habitação, António Parada defende que se volte a apoiar o cooperativismo, mas com incidência no valor de custo final muito mais acessível. A Câmara pode “doar terrenos” e dar garantias desses projetos junto de entidades bancárias para que se consiga financiamento. Medidas que devem, no seu entender, ser acompanhadas da proibição de os imóveis das cooperativas serem colocados à venda num período de anos razoável, para não irem parar à especulação imobiliária.

Quer a construção cooperativa quer a de habitação social deverá ser feita de “forma descentralizada pelo concelho”, considera António Parada, para não criar “guetos” e, pelo contrário, fomentar a “inclusão” das populações.

Quando se fala em ambiente, a poluição das águas balneares é um dos tópicos que sobressai. António Parada afirma que “esta Câmara recebeu alguns prémios, várias bandeiras azuis e verdes, mas depois as obras derrapam 10 milhões em quatro anos e, portanto, lá vão os prémios”.

Assim, declara o candidato, “o prémio que quero conseguir para Matosinhos é a dedicação ao trabalho e a resposta às causas fundamentais para haver condições de salubridade e ambiente. No que respeita às ribeiras poluídas, a senhora presidente disse num debate que já as sinalizou, pois bem, fez uma parte do trabalho. Como não resolveu, vou eu pegar naquilo que ela sinalizou e tentar resolver o problema”.

 

Pode ouvir a entrevista aqui:

Partilhar:
Subscreva a nossa Newsletter