A PJ tomou parte numa mega-operação sobre suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de dinheiro em pelo menos 16 países.
Em Portugal, 14 pessoas foram presas, juntamente com a apreensão judicial de 600 contas bancárias, 50 veículos, 47 propriedades e bens diversos e dinheiro.
Foram efetuadas cerca de 100 buscas, de casas e escritórios, nos municípios do Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Coimbra, Figueira da Foz, Lisboa, Corroios, Vila Franca de Xira, Sintra e Funchal, enquanto noutros locais se realizaram operações semelhantes na Alemanha, França, Itália, Espanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, República Checa, Hungria, Grécia, Roménia, Eslováquia, Áustria, Lituânia e Chipre.
Em todos os países, foram detidas pessoas e apreendidos bens/ veículos/ material informático/ documentação e dinheiro.
De acordo com uma declaração do PJ, estão em causa “transações fraudulentas superiores a 2,2 mil milhões de euros”.
Os 14 detidos em Portugal estão sob suspeita da prática de “crimes de associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais”, afirmou o comunicado.
“A atividade criminosa baseou-se na formação sucessiva de uma complexa cadeia de empresas, a maioria delas com o objetivo social de vender equipamento informático em plataformas em linha, que efetivamente operavam através da realização dos atos necessários para lucrar com os montantes de IVA (IVA) recebidos da venda destes produtos a clientes finais, num esquema típico de Fraude Intracomunitária de Comerciante Desaparecido (MTIC), que danifica os cofres da União Europeia”, prossegue a declaração.