Os funcionários judiciais voltam hoje às greves, com uma paralisação de um dia convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça e o primeiro dia de mais quatro meses de greves típicas, mas também criativas, do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
“Será uma mistura de greves tradicionais, de dia inteiro, que não serão coincidentes em todo o território nacional, que serão complementadas com greves por juízos, núcleos, distritos ou por municípios, consoante a dimensão dos tribunais”, que terão início à hora a que naquele juízo estiver designada a primeira diligência, terminando às 12h00 ou às 17h00, conforme comecem de manhã ou à tarde, explicou António Marçal à Lusa.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) referiu que as greves estão convocadas, mas os trabalhadores gostariam “de não as fazer, bastando para tal que o Ministério da Justiça comece efetivamente a responder de forma concreta e cabal” às reivindicações “razoáveis e justas, como toda a gente reconhece”.
As exigências do SFJ, que já motivaram uma greve tradicional, ao longo de todo o dia, na passada sexta-feira, a marcar a reabertura dos tribunais após as férias judiciais, mantêm-se e passam por assegurar no imediato a abertura de concurso para acesso a todos os lugares e categorias que se encontrem vagos e a inclusão do suplemento de recuperação processual no vencimento, também com retroativos a janeiro de 2021 e pago em 14 meses, tal como, recorda o sindicato, esteve previsto em dois Orçamentos do Estado.