A ampliação do terminal de contentores norte do porto de Leixões, em Matosinhos, vai causar “impactes negativos significativos a muito significativos na paisagem”, de acordo com o Estudo de Impacto Ambiental agora divulgado pela agência Lusa.
“São esperados impactes negativos significativos a muito significativos na paisagem devido à presença dos pórticos de cais e de parque e aos contentores que serão visualizados a partir de um conjunto de locais”, pode ler-se no resumo não técnico do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a Ampliação e Reorganização do Terminal de Contentores Norte do Porto de Leixões, em Matosinhos.
Em causa a ampliação e reorganização do terminal de contentores norte do porto de Leixões, que poderá custar até 216,6 milhões de euros, segundo documentos da consulta pública, que se inicia esta sexta-feira e termina em fevereiro.
“Ainda que estes impactes sejam mitigáveis através da seleção de pórticos de menor volumetria e dimensão, bem como de cores semelhantes às atualmente existentes no porto, as várias componentes do projeto terão visibilidade muito significativa a partir do lado oceânico, do Terminal de Cruzeiros e do troço costeiro de Leça da Palmeira, nomeadamente ao longo da marginal contígua à Avenida da Liberdade”, refere ainda o documento.
Os impactos causados pela linha de contentores, que poderá ir até cinco unidades em altura, serão também visíveis “na praia imediatamente a norte do porto de Leixões e entre a Piscina de Marés e o Farol/Igreja da Boa Nova/Casa de Chá da Boa Nova”.
Pode ainda ler-se no Estudo: “Em Matosinhos, o troço costeiro desde a praia de Matosinhos até ao Castelo do Queijo, incluindo a Avenida General Norton de Matos, a rotunda da Anémona [Praça Cidade do Salvador] e a via do Castelo do Queijo, terão impactes visuais significativos”.
