Ministra do Ambiente visita intervenções no rio Leça: “projeto emblemático” e “pioneiro”

Foto: Mário Santos CM Maia

A Associação de Municípios Corredor do Rio Leça, em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), apresentou publicamente, esta terça-feira, dia 30, os projetos do financiamento REACT-EU, numa cerimónia que contou com a presença da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

A cerimónia incluiu a inauguração da Zona de Renaturalização e Inundação Preferencial e Viveiro de Plantas Aquáticas, na Maia, junto à Horta de Crestins.

Na mesma cerimónia foi, ainda, assinada a Carta de Compromisso com a Rede de Escolas do Rio Leça.

Numa cerimónia onde estiveram presentes o presidente da Câmara da Maia, Silva Tiago, bem como o atual presidente da Associação de Municípios Corredor do Rio Leça, o autarca de Valongo, José Manuel Ribeiro.

O líder desta associação inédita no país, deixou o apelo à governante para que haja mais apoio à ação dos municípios nas questões ambientais e que lhes permita um trabalho mais rápido: “nós achamos que não temos que andar pela bitola dos mais preguiçosos. Este rio foi maltratado durante dezenas de anos, isto era verdadeiramente um esgoto, por isso, fizemos aquilo que era lógico, juntámo-nos, criámos uma associação, estudámos e montámos a operação (…), mas precisamos que nos ajudem a criar acelerador”.

José Manuel Ribeiro aproveitou para agradecer o facto de a Ministra do Ambiente ter visitado o rio Leça. Maria da Graça Carvalho anunciou que, cumprindo os objetivos da União Europeia, o governo vai apoiar linhas de financiamento para reabilitar 500 kms de rios em todo o país. Neste momento, anunciou a ministra, em curso está o financiamento de cerca de 300 Kms de rio e que ascende a cerca de 14 milhões de euros em todo o país.

O anúncio do investimento acontece num dia em que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, visitou várias intervenções – em Braga, Porto, Maia, Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro e Tomar -, no valor de 5,3 milhões de euros.

A ministra do Ambiente visitou algumas das intervenções efetuadas no rio Leça. A visita passou pela Maia, junto a Crestins, com Maria da Graça Carvalho a dar conta que esta união de municípios para recuperar um rio com condições de usufruto social pela população é um exemplo a nível da União Europeia – “este é talvez o projeto mais emblemático”.

E a ministra justifica que o projeto representa “o espírito que só agora a Europa está a legislar. A lei europeia do restauro foi aprovada a 13 de junho deste ano, que impõe metas vinculativas na recuperação dos rios. Essa meta não foi ainda definida com exatidão para Portugal, mas deverá ser 500 kms de rio até 2030. E estes projetos que estamos a anunciar esta semana já incluem 300 kms, pelo que os 500 kms serão uma meta relativamente fácil de atingir, mas queremos ir mais além. E o espírito da lei é exatamente o que foi feito aqui: devolver o rio à Natureza, criar a biodiversidade incluindo as plantas autóctones… Tudo o que foi feito aqui é o exemplo que a Comissão Europeia dá para que se renaturalize e se devolva o rio às pessoas”.

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