Metro: o BE também lança acusações à Câmara de Matosinhos

Foto de Arquivo: A. Santos

O recente anúncio das intenções de expansão da rede do Metro do Porto deixou na gaveta a linha de São Mamede, considerada pelo BE de Matosinhos “fundamental para servir uma zona altamente populacional e concluir o percurso circular à volta da cidade do Porto”, que por isso critica esta decisão, “incompreensível perante os objetivos de garantir a transição energética e uma mobilidade sustentável e moderna, mas aponta que esta também é uma enorme derrota da presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro”.

Bloco de Esquerda acusa Câmara Municipal de deixar Matosinhos ficar para trás no alargamento da rede do Metro do Porto

O recente anúncio das intenções de expansão da rede do Metro do Porto deixou na gaveta a linha de São Mamede, fundamental para servir uma zona altamente populacional e concluir o percurso circular à volta da cidade do Porto. O Bloco de Esquerda de Matosinhos critica esta decisão, incompreensível perante os objetivos de garantir a transição energética e uma mobilidade sustentável e moderna, mas aponta que esta também é uma enorme derrota da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.

Ainda há cerca de dois anos foi lançado um boletim municipal em que se anunciava: “Metro vai crescer em Matosinhos”. Essa promessa, como agora se percebe, era completamente oca, sem garantias da sua execução. As e os matosinhenses sentem-se enganados e com toda a razão: a Câmara Municipal e Luísa Salgueiro fizeram propaganda e não trataram de acautelar os interesses da população. Hoje sabemos que Luísa Salgueiro deixou que Matosinhos ficasse para trás no alargamento da rede do Metro do Porto e os matosinhenses não lhe perdoam.

Contudo, a decisão da Metro do Porto merece ainda mais análise. Há meses atrás, a administração da Metro do Porto dizia que havia várias prioridades urgentes, dando ênfase às necessidades das linhas de Gondomar e da Trofa, mas referia que dependia do envelope financeiro a decisão de avançar também com obras importantes como a Linha de São Mamede e a ligação da Maia ao Hospital de São João. Para garantir uma redução de custos, foram até feitas alterações (cortes) dos projetos previstos para a Linha de São Mamede e para a ligação da Maia ao Hospital de São João. No entanto, o envelope financeiro apresentado pelo Governo é insuficiente para este investimento público essencial à vida das pessoas.

A falta de vontade do Governo em realizar investimento público mostra que, nem mesmo com os cortes feitos na Linha de São Mamede e na ligação da Maia ao Hospital de São João, existe disponibilidade para avançar com as obras. Isto acontece porque o Governo do PS tem desistido do investimento público nacional, que está em mínimos históricos, e vive apenas na dependência de fundos comunitários, como o PRR. Apesar do país ter apresentado um excedente nas contas públicas do primeiro trimestre do ano e as receitas fiscais continuarem a subir, o Governo prefere ter uma política orçamental que até vai além das metas europeias, em vez de investir em projetos que são estruturantes para o território nacional. A prioridade é dada aos brilharetes em Bruxelas, eventualmente para um qualquer cargo pessoal futuro,em detrimento das necessidades das pessoas.

A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, deixou Matosinhos ficar para trás e mostra perder também influência junto do Governo e na AMP. A criação da Linha de São Mamede, essencial para um melhor serviço às populações, tem de sair da gaveta e Matosinhos não pode ficar para trás. O Bloco de Esquerda de Matosinhos considera indispensável que o Governo disponibilize as verbas para que obras tão importantes como a Linha de São Mamede e a ligação da Maia ao Hospital de São João sejam realizadas.

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