IL quer mais transparência no debate sobre o futuro dos terrenos da refinaria

Filipe Garcia (Foto J Gomes)

A Iniciativa Liberal (IL) Matosinhos manifesta profunda preocupação com a forma como tem sido conduzido o processo de reconversão dos terrenos da antiga refinaria da Galp, que representa uma oportunidade única para Matosinhos e para toda a área Metropolitana do Porto.

A transformação deste espaço pode devolver qualidade de vida, criar novas centralidades urbanas e promover oportunidades económicas, culturais e ambientais de grande escala, considera a IL, numa nota informativa.

No entanto, o recente chumbo por parte da Câmara Municipal de Matosinhos ao plano da Galp- noticiado pelo Público – “expôs a falta de clareza sobre o que o Executivo pretende para este território. Nos últimos dias, já em clima de campanha pré-eleitoral e também por pressão da Iniciativa Liberal, a Câmara começou a divulgar alguns elementos sobre o andamento do processo, mas esta abertura parcial chega tarde, é insuficiente e um exemplo claro da habitual falta de comunicação e transparência da Câmara com os munícipes”, pode ainda ler-se no documento da IL.

“Os matosinhenses sentem-se alheados deste processo e mal informados. O que está em causa não é a imposição de uma solução à Galp, até porque muito do terreno é privado, mas a necessidade de garantir que o interesse público é protegido com transparência, rigor técnico e envolvimento da comunidade, sem discricionariedades ou posturas dirigistas por parte da CMM. Temos de abrir este debate e devolver às pessoas a capacidade de participar em grandes decisões que moldam o futuro do concelho.”, sublinha Filipe Garcia, candidato da IL à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos.

Este território da antiga refinaria representa mais de um terço da dimensão total da freguesia de Leça da Palmeira. Filipe Garcia refere que “Não existe, até hoje, informação disponível sobre o masterplan orientador que permita aos matosinhenses conhecer a visão da autarquia para aquele território. O próximo mandato autárquico será uma oportunidade para corrigir este caminho, para sabermos que cidade vai ali nascer.”

Até ao momento, sabe-se apenas que a zona deverá integrar um “Distrito de Inovação”, uma designação que, por si só, não esclarece um rumo, frisa Filipe Garcia, apontando ainda que se cria “a ilusão de participação cívica quando se promove uma consulta pública para intervir no Lago dos Patos no Jardim Basílio Teles, mas não para um dos maiores investimentos da história do município”.

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