Só dentro de 30 anos é expectável que as mulheres recebam o mesmo salário médio mensal que os homens nas mesmas funções, indica um estudo na quinta-feira divulgado, com base nas evoluções registadas em Portugal na última década.
Segundo o relatório “As One for Diversity, Equity & Inclusion”, iniciativa da Merck, operacionalizada pela Spirituc, empresa de estudos de mercado especializada na área médica, “é expectável que apenas em 2052 homens e mulheres recebam o mesmo salário médio mensal para funções homólogas” e essa diferença salarial persista mais três décadas.
De acordo com o mesmo estudo, há cada vez mais mulheres quadros superiores, nomeadamente nos conselhos de administração das empresas, e o índice de desigualdade de género tem vindo a diminuir, mas “apenas em 2063 o número de mulheres e homens em posições executivas deverá ser similar”.
Na análise sobre a presença feminina nos governos, que tem vindo a aumentar, as conclusões do estudo hoje revelado apontam para que se alcance “o cenário ideal de igualdade por volta de” 2027, em cinco anos.
O diretor-geral da Merck Portugal, Pedro Moura, citado em comunicado, considera que são dados que “devem fazer refletir sobre as mudanças que ainda são necessárias” para uma verdadeira diversidade, igualdade e inclusão de género”.