Falta de financiamento pode ditar fim dos cursos CTeSP ministrados pelos politécnicos no Norte

Os cursos técnicos profissionais (CTeSP) ministrados no norte estão em risco, sendo que poderá afetar mais de 20 mil alunos: em causa está o escasso financiamento, de 15 milhões de euros, metade dos custos calculados pelos institutos politécnicos da região, que admitem abandonar estas formações caso não haja um reforço de verbas.

“Abriu agora o aviso do 2030 para financiamento destas duas edições e a dotação é muito inferior ao volume total de CTeSP que estão a financiamento: os do Norte são 30 milhões de euros, o aviso é de 15 milhões”, explicou ao JN Orlando Rodrigues, presidente do Politécnico de Bragança. “Lisboa não tem CTeSP; Setúbal, por não ser região de convergência, é financiado pelo Orçamento do Estado; e o Alentejo e o resto da rede, como têm menos população, têm menos alunos em CTeSP e os avisos cobrem as necessidades”, acusou o responsável.

Se não houver um reforço de meios, o mais provável é os politécnicos deixarem de ministrar estes cursos, admitiu também Maria José Fernandes, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos.

Neste ano letivo, estão inscritos 20.990 alunos em CTeSP. No ano passado, 41% dos alunos destes cursos estavam inscritos no Norte.

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