Em Matosinhos o surf é sinónimo de inclusão de crianças refugiadas

Foto: Reprodução de Facebook de Fish Surf School

O projeto-piloto de terapia pelo surf “Waves in You”, em Matosinhos, ajudou, desde 2023, 15 crianças refugiadas e migrantes provenientes de países como a Síria, o Afeganistão ou a Gâmbia, utilizando a modalidade como passaporte para a inclusão.

Foram cerca de sete dias, mais de 168 horas, sem saber se o sonho e a vontade sobreviveriam à força do Oceano Atlântico que une a Gâmbia, país da África Ocidental, e Portugal.

Mariana Barbosa, coordenadora de saúde mental no projeto, investigadora e docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica (FEP-UCP), também ela praticante da modalidade, explica que os benefícios da prática do surf são hoje reconhecidos cientificamente, seja enquanto ferramenta terapêutica para tratar problemas como o stress pós-traumático, a ansiedade ou a depressão, seja pelo seu impacto em matéria de inclusão social e melhoria da qualidade de vida.

Desenvolvido pela Fish Surf School, sediada em Matosinhos, em parceria com a Universidade Católica e o Instituto Universitário de Ciências da Saúde, o projeto, que arrancou em 2023, combina estratégias de educação não formal e formal, através de sessões de surf dinamizadas por um instrutor e uma psicóloga.
Numa primeira fase, o programa-piloto envolveu cinco crianças – com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos, todas beneficiárias da MEERU Aproxima, uma associação dedicada ao apoio às comunidades de migrantes e refugiados, a que se juntam agora 10 jovens, entre os 11 e os 17 anos.

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