Devoção ao Senhor de Matosinhos continua uma constante

Foto CM Matosinhos

Um dos pontos altos do programa das Festas da Cidade, a solene procissão em honra do Senhor de Matosinhos, realizou-se ontem à tarde, cumprindo uma tradição com muitos séculos de existência.

Um momento de celebração e de fé, que recordou o milagre que deu origem à devoção ao Senhor de Matosinhos e que atraiu uma vez mais à cidade milhares de crentes e devotos.

A procissão saiu da Igreja Matriz e percorreu a Avenida D. Afonso Henriques, Rua Ló Ferreira, Rua Tomás Ribeiro, parando no Monumento do Senhor do Padrão para a celebração. O regresso fez-se pela Rua do Godinho, Avenida D. Afonso Henriques, terminando na Igreja Paroquial.

A animação prossegue hoje, véspera do feriado municipal de Matosinhos.

Assim, às 21h30, o programa apresenta às 21h30, a encenação do Rancho Típico da Amorosa sobre “A romaria do Senhor de Matosinhos”, no Adro da Igreja do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos.

Pelas 21h30, mas no Palco das Festas, terá lugar o concerto de Marcus.

Recorde-se que a devoção ao Senhor de Matosinhos é muito antiga.

«Reza a lenda que a escultura de Cristo da autoria de Nicodemos deu à costa de Matosinhos no domingo de Pentecostes, no dia 3 de maio do ano 124, mais concretamente na praia do Espinheiro onde hoje existe o Monumento do Senhor do Padrão.

Terá sido Nicodemos, com a ajuda de José de Arimateia, a retirar Cristo da cruz e a depositar o seu corpo no sepulcro.

Das várias esculturas de Cristo que fez, Nicodemos terá lançado as imagens no mar Mediterrâneo, em virtude da perseguição aos cristãos. Algumas perderam-se, outras foram encontradas em vários destinos.

No caso de Matosinhos, a imagem surgiu na praia sem um braço. Depois de muitas e infrutíferas tentativas de se esculpir um braço que encaixasse na perfeição na imagem, 50 anos volvidos, eis que surge o membro que faltava. Corria o ano 174, deambulando pela praia, uma pobre mulher recolhe lenha para a lareira. Em casa, um grande pedaço de madeira teimava em, milagrosamente, saltar do fogo sempre que para ele era lançado. Uma jovem surda‐muda de nascença alerta a mãe para o facto de o pedaço de lenha ser o braço que faltava na imagem de Cristo. E assim começou a devoção ao Senhor de Matosinhos.»

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