Despovoamento do Douro Património Mundial preocupa responsável pela candidatura

foto de arquivo

A principal consequência da classificação do Douro Património Mundial da UNESCO foi a “preservação do bem”, afirma o coordenador da candidatura, Fernando Bianchi de Aguiar. Este responsável mostra preocupação com a “desertificação progressiva” e a “sustentabilidade económica” da região.

Fernando Bianchi de Aguiar coordenou o processo de inscrição do Alto Douro Vinhateiro (ADV) na lista do Património Mundial da UNESCO, confirmada a 14 de dezembro de 2001.

Duas décadas depois, o professor universitário e ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Rural afirmou, em entrevista à agência Lusa, que “muitos” objetivos “foram conseguidos” e que o mais importante da classificação foi a noção da necessidade de “preservação da paisagem”. “Uma noção que se foi incutindo progressivamente”, salientou Fernando Bianchi de Aguiar.

“O aspeto que eu diria menos conseguido foi não se ter conseguido inverter a perda de população, que é um sinal de que o retorno económico para as populações é pequeno. Ou seja, não se criaram condições para que as pessoas se fixem no Douro e encontrem aqui um trabalho digno e isso é, evidentemente, um desapontamento que sentimos”, afirmou o engenheiro agrónomo.

O Douro tem cerca de 190 mil habitantes, menos 30 mil do que há 20 anos.

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