Acusação pede pena máxima de prisão para homicida da ex-namorada em Matosinhos

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Foto A Santos

O Ministério Público (MP) pediu hoje uma pena de 25 anos de prisão para o homem acusado de atropelar e matar a ex-namorada em junho de 2024, em Matosinhos.

Nas alegações finais, no Tribunal de Matosinhos, o procurador do MP afirmou que o acusado “teve total intenção de matar a Daniela [vítima mortal]. Atropelou-a e, depois, ainda insistiu e passou-lhe por cima com o carro, esmagando-lhe a cabeça para que não houvesse dúvidas de que estava morta”.
O procurador recordou que o arguido, de 43 anos, é reincidente depois de, em novembro de 2009, ter matado uma ex-namorada com uma faca em Castelo Branco, crime pelo qual foi condenado a 15 anos de prisão estando, à data deste novo crime, em liberdade condicional.

“Matou uma primeira vez e não teve problemas nenhuns em matar uma segunda vez”, frisou.
Referindo-se ainda a uma “enorme frieza de ânimo” demonstrada pelo arguido, o procurador entendeu que, caso seja libertado após o cumprimento da pena de prisão, há um “elevado risco” de voltar a cometer estes crimes.

O procurador apontou ainda a premeditação do crime, lembrando que, dias antes, o arguido pesquisou na Internet facas militares, lâminas mais perfurantes e pistolas ilegais.

“Portanto, como não conseguiu usar nem as facas, nem as pistolas, nem as lâminas, usou o carro para matar barbaramente”, apontou o procurador.
Por “sete vezes (em manobras de avanços e recuos) o arguido passou com os rodados do veículo por cima do corpo da vítima, com especial incidência na zona da cabeça, provocando-lhe a morte”, descreveu a acusação.
Por seu lado, o advogado do arguido pediu uma pena de 21 anos de prisão porque, apesar de classificar o crime como hediondo, disse que é preciso reestruturar o arguido.

Os pais da vítima pedem uma indemnização de 400 mil euros.

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