A Iniciativa Liberal (IL) Matosinhos apresenta uma proposta estratégica para transformar Matosinhos num território líder na criação de oportunidades, com uma política ativa de atração de investimento e empresas, bem como a valorização e retenção do talento local – anuncia o partido num comunicado, frisando que se pretende que a autarquia assuma esse compromisso.
“Matosinhos tem o potencial, o talento e a localização para ser uma referência na região Norte em inovação e competitividade. Mas falta-lhe uma autarquia capaz de agir como parceira de quem cria emprego, gera riqueza e quer fazer mais. A autarquia tem de assumir este compromisso de ser um desbloqueador de negócios se quer elevar o papel económico do município e criar mais e melhor emprego”, afirma Filipe Garcia, candidato da Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Matosinhos.
Os liberais entendem que o que o PS fez até ao momento “não é suficiente”. Em 2017, o próprio PS prometeu, em sede de campanha eleitoral, a criação de uma “Agência do Investimento Municipal”. Dois mandatos depois, “essa agência nunca saiu verdadeiramente do papel. O que existe hoje é o Invest Matosinhos, uma designação genérica, pouco publicitada e limitada sobretudo a um regulamento de incentivos municipais aprovado em 2022. Apesar de prever apoios fiscais (como isenções parciais de IMI, IMT ou derrama), pouco se sabe sobre o impacto e abrangência deste programa.”
De acordo com o candidato Filipe Garcia, o que existe não passa de “uma intenção tímida” e o “Invest Matosinhos não funciona”.
Mas a IL propõe a “refundação do Invest Matosinhos com base em três princípios: clareza, profissionalismo e previsibilidade”. Filipe Garcia aponta que o “objetivo é criar um verdadeiro ecossistema de investimento e inovação, onde o município não concorre com o setor privado, mas atua como facilitador de crescimento económico”.
O candidato defende ainda que “o município deve comunicar com total transparência qual é a sua estratégia para atrair investimento: que áreas estão a ser priorizadas, que incentivos e apoios estão em vigor, que critérios são usados para atribuir esse benefícios e quais os resultados obtidos até à data. Não faz sentido que a Câmara exija que as empresas abrangidas pelo Invest Matosinhos utilizem publicamente um selo de apoio, quando ela própria não cumpre princípios de transparência”.
Por outro lado, o candidato da IL explica que deve existir uma “estrutura profissional de apoio ao investimento” sendo que o Invest Matosinhos deve ter “recursos dedicados, com conhecimento técnico e capacidade de acompanhamento personalizado”.
Não esquece ainda um terceiro vetor desta estratégia de captação de investimento: o zonamento estratégico e planeamento urbano pro-investimento. A IL propõe a definição de “zonas prioritárias para a captação de empresas, com acessibilidades adequadas”.