Acusados cinco arguidos de um grupo que assaltava no Norte incluindo na Maia e Matosinhos

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O Ministério Público (MP) acusou cinco arguidos de pertencerem a um grupo que, alegadamente, se dedicou ao furto de automóveis e ao seu uso para assaltos em estabelecimentos comerciais ou empresas e ainda a roubos no Norte do país.

Os arguidos são acusados de, entre junho de 2023 e julho de 2024, cometerem os crimes nas cidades de Matosinhos, Maia, Ermesinde, Braga, Porto e Vila Nova de Gaia.

Em nota publicada na sua página da Internet, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) conta que um dos arguidos era “detentor de uma oficina de reparação automóvel em Gondomar” e terá agido com a colaboração dos outros quatro arguidos ou de indivíduos de identidade não apurada.

A acusação do MP diz que “os alvos eram previamente estudados pelos arguidos”, em particular os estabelecimentos comerciais ou as rotinas das vítimas que transportavam quantias em dinheiro.

Na execução da “atividade criminosa” tinham cuidados como “tapar o rosto” ou uso de luvas para “evitar rasto de impressões digitais”, assim como usavam matrículas falsas e adulteravam “características de veículos que usavam nos diversos assaltos”, indica a PGDP.

Segundo a PGDP os arguidos furtavam viaturas na via pública para serem a seguir desmanteladas na oficina do principal arguido, que usava parte das peças para reparação de outros veículos. Os arguidos também “furtaram diversos estabelecimentos comerciais, apoderando-se de quantias em dinheiro e bens (incluindo uma mota de água)”.
Além disso, “abordaram diversas vítimas” na via pública, após estudo das respetivas rotinas e sabendo que as mesmas transportavam consigo elevadas quantias em dinheiro, “fruto do apuro dos estabelecimentos comerciais que geriam ou nos quais trabalhavam (em particular quando se dirigiam para as depositar em instituições bancárias)”.
“E, mediante agressão física ou exibição de armas de fogo, exigiam-lhes a entrega desses valores”, sustenta a acusação.

O principal arguido era detentor de uma arma de fogo transformada, enquanto um outro arguido dedicava-se ainda ao tráfico de estupefacientes, tendo sido encontrado na sua posse 829 doses de haxixe.

Fruto da atividade ilícita, os arguidos “obtiveram vantagens criminosas no montante global” de quase 98 mil euros, “valor que o Ministério Público requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado, sem prejuízo dos direitos dos ofendidos”.


Os cinco arguidos estão acusados de mais de 20 crimes: oito de furto qualificado, um na forma tentada, dois de furto simples, três de falsificação de documento, cinco de roubo qualificado, um de detenção de arma proibida, dois de falsificação de documento, um de tráfico de estupefacientes de menor gravidade, um de condução de veículo automóvel na via pública sem habilitação legal na forma continuada e dois de auxílio material.

Dois dos arguidos estão em prisão preventiva e outros dois com obrigação de permanência na habitação, sujeita a vigilância eletrónica, estando ainda proibidos de contactarem entre si ou com vítimas e testemunhas no processo.

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