Casa da Arquitectura assina acordo com Brasília para promover acervo de Lúcio Costa

A Casa da Arquitectura e o Governo do Distrito Federal de Brasília assinaram esta terça-feira, dia 18, um acordo de partilha do acervo digital de Lúcio Costa (1902-1998), urbanista responsável pelo plano piloto da capital do Brasil, anunciou a instituição portuguesa.

A assinatura decorreu no Palácio do Biriti, em Brasília, à margem da Cimeira Luso-Brasileira, segundo um comunicado da Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitetura, que tem sede em Matosinhos.

O acordo visa reunir e disponibilizar documentos da trajetória do arquiteto brasileiro – pioneiro da arquitetura modernista no Brasil – promovendo a preservação e a difusão do seu legado relativo ao Plano Piloto de Brasília, cidade criada de raiz nos anos 1950.

Além de facilitar pesquisas e exposições futuras, a iniciativa “permitirá o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre as instituições”, sublinhou a Casa da Arquitetura.

A entidade, sediada em Matosinhos, detém, desde 2021, o acervo pessoal de Lúcio Costa e os seus direitos patrimoniais, cedidos pelos herdeiros.

Esse conjunto reúne plantas, esboços, correspondências, fotografias e publicações, cobrindo quase um século de produção intelectual, destacando-se os elementos do Plano Piloto de Brasília, projeto que deu origem à capital brasileira.

“O conjunto reflete, para além da trajetória profissional, também as vivências pessoais e familiares, compreendendo documentos de natureza diversa, como correspondência, artigos de jornais, recortes, revistas, cartazes, fotografias, álbuns de família, postais, mapas, plantas, esquissos, desenhos e apontamentos nos mais diversos suportes como envelopes, verso de calendários, folhas de rascunho ou cartões de visita, por exemplo”, descreveu a Casa da Arquitectura, sobre o conteúdo do acervo.

Por seu lado, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) possui documentos ligados à vida e obra de Lúcio Costa provenientes de diversas fontes institucionais, como a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (NovaCap) e a Secretaria de Estado de Cultura.

Esse acervo inclui registos da construção de Brasília, depoimentos históricos e materiais de diversas entidades que acompanharam a evolução da cidade.

O acordo assinado no Brasil prevê “o intercâmbio de conhecimentos, informações, documentos e experiências entre as partes, para fins de informação, aperfeiçoamento, guarda, preservação e difusão do acervo”.

As duas entidades comprometem-se assim a compartilhar essa documentação no formato digital, bem como a implementar soluções para melhorar a guarda e preservação em qualquer outro formato.

Partilhar:
Subscreva a nossa Newsletter