A Junta de Freguesia de Rio Tinto, em Gondomar, defende a instalação de um apeadeiro da Linha de Leixões no seu território, já que a linha que reabre no domingo o atravessa em cerca de 2,5 quilómetros.
“Dado que Rio Tinto é uma das freguesias com maior densidade populacional, e que as estações mais próximas – S. Gemil (Maia) e Contumil (Porto) – se encontram separadas por uma distância superior a quatro quilómetros, reforçamos a necessidade de criação de uma estação nesta linha, situada entre a Rua 2 de Agosto e a Rua João Vieira, em Rio Tinto”, pode ler-se num comunicado publicado no portal online da junta.
De acordo com a autarquia, “esta localização abrangeria uma das áreas mais populosas da freguesia, onde residem mais de 20 mil habitantes, representando um vasto conjunto de potenciais utilizadores deste meio de transporte”.
No domingo, o serviço de passageiros regressa aos carris da Linha de Leixões, circular ferroviária do Porto, 14 anos após o seu encerramento, mas agora com apeadeiros no Hospital São João e Arroteia, bem como com bilhética Andante.
O serviço regressará à circular ferroviária do Porto com comboios “diretos entre Ovar e Leça do Balio, sem necessidade de mudança em Porto-Campanhã, bem como comboios entre Porto-Campanhã e Leça do Balio”, segundo uma nota conjunta da CP – Comboios de Portugal, Infraestruturas de Portugal (IP) e Câmara de Matosinhos divulgada em 24 de janeiro.
A reabertura da linha terá como paragens Porto-Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital São João (novo apeadeiro) São Mamede de Infesta, Arroteia (novo apeadeiro) e Leça do Balio.
Para a reabertura do serviço de passageiros estão previstos “60 comboios nos dias úteis, 30 em cada sentido, com oferta de dois comboios por hora e por sentido nas horas de ponta da manhã e da tarde”, e “aos sábados, domingos e feriados realizam-se 34 comboios, 17 por sentido”.
O novo serviço vai poder ligar Campanhã ao Hospital São João, no Porto, em 11 minutos (ou 18, em certos horários), e no total do percurso reaberto – entre Leça do Balio e Campanhã – estão previstos tempos de viagem entre os 19 minutos e os 27 minutos, dependendo dos horários.
Dentro desse percurso, destacam-se as ligações ao metro nas estações do Hospital São João, Contumil e Porto Campanhã, ainda que obrigando a algum tempo de percurso a pé entre os diferentes meios de transporte.
O serviço liga ainda Ovar diretamente ao Hospital de São João (servindo o polo universitário da Asprela) em cerca de uma hora e cinco minutos, passando por Espinho e Vila Nova de Gaia.
A linha servirá o polo universitário da Asprela no apeadeiro do Hospital São João, ou polos industriais como a Arroteia (próximo à Efacec) ou Leça do Balio (próximo à Lionesa e Unicer).
A Linha de Leixões também está ligada às linhas do Douro e Minho em Ermesinde, mas essa ligação não foi contemplada na reabertura do serviço, ao contrário do que era defendido pelo PCP, que também defende a criação de uma paragem em Carreiros (Rio Tinto).
A reativação da Linha de Leixões deixará também de fora, para já, o serviço de passageiros na totalidade da sua extensão, até Leixões (Senhor de Matosinhos), com a respetiva ligação ao metro, STCP, metrobus e rede Unir a ser estudada numa segunda fase.
O serviço de passageiros na Linha de Leixões foi interrompido em 2011, após reabertura em 2009 a partir de Ermesinde e sem bilhética Andante.