Sindicato dos Médicos defende continuidade do Centro de Avaliação Médica da ULS Matosinhos

Hospital Pedro Hispano_imagem de arquivo (©SNS)

O sindicato Independente dos Médicos (SIM) alertou hoje para o “iminente” encerramento do Centro de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP), um projeto-piloto criado na Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos.

Num comunicado com o título “Atestados médicos para carta de condução” publicado na sua página na Internet, o SIM diz que o encerramento está previsto para este mês, algo que “causa grande estranheza”.

Em causa está um projeto-piloto, iniciado em articulação com a anterior Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), liderada por Fernando Araújo, que serve, por exemplo, para a obtenção ou renovação de carta de condução (grupos 1 e 2), licença de caçador, porte de arma, bem como para solicitar as certificações necessárias para a navegação de embarcações, como carta de marinheiro e patrão de vela e motor, de costa e de alto-mar.

O SIM sublinha que o Plano de Emergência e de Saúde, na sua página 166, destaca que “a criação de CAMP a nível nacional, deverá beneficiar da experiência adquirida e boas práticas provenientes da implementação de CAMP atualmente em funcionamento a nível local”.

No Plano de Emergência e de Saúde lê-se que “a desvinculação das tarefas administrativas relacionadas com a emissão de atestados permitirá que os médicos se foquem no atendimento clínico dos utentes, melhorando a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde primários”.

Para o sindicato “existem condições e profissionais capacitados para garantir o funcionamento destes centros”, pelo que “em vez de se encerrar este projeto-piloto, deveria estar a ser promovida a sua expansão a outras ULS, independente do modelo a adotar, seja com recursos próprios da ULS ou em colaboração com o setor social e privado”.

“Trata-se de uma medida indispensável para a melhoria do sistema de saúde nacional. O que falta, então, para assegurar a continuidade do CAMP de Matosinhos?”, questiona o SIM.
Por seu turno, contactada pela Lusa, a ULS de Matosinhos, embora mostrando disponibilidade para continuar o projeto, remeteu esclarecimentos para o novo diretor do SNS, António Gandra D’ Almeida.
“Pela parte da ULSM existe toda a disponibilidade e interesse em dar continuidade”, referiu esta unidade.
Já a Direção Executiva do SNS apontou, sem dar mais pormenores sobre o modelo futuro ou alargamento do projeto a outras localidades, que “está a ser articulado com a ULS Matosinhos a continuação do funcionamento do CAMP”, em declarações à Lusa.

Partilhar:
Subscreva a nossa Newsletter