Técnicos de Reinserção Social em greve que afeta prisões de Matosinhos e do Porto

foto de arquivo

Os técnicos de reinserção social e de reeducação dos estabelecimentos prisionais do Norte iniciaram esta segunda-feira um período de greve em luta pela revisão das carreiras e reforço de profissionais. Os técnicos referem que a “atual situação põe em causa a segurança” da população.

Em declarações à Lusa, à margem de um protesto que está a decorrer à porta do Estabelecimento Prisional do Porto, que fica em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, o presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Miguel Gonçalves, explicou que o período de greve que começa hoje vai durar até 12 de junho e será iniciada uma nova paralisação logo depois.

O maior problema, de acordo com estes profissionais, é que há carreiras que não são revistas desde que foram criadas – em 1991 – e “colegas que neste momento ganham 1,48 euros acima do salário mínimo nacional, outros podem, no máximo, atingir os 1.600 euros no topo da carreira e não têm perspetivas de futuro”.

Além da revisão das carreiras, Miguel Gonçalves identificou outro problema que passa pelas “unidades que vão fechar temporariamente” e “a vigilância eletrónica deslocada para outros sítios”.

Como exemplo, referiu que “a vigilância eletrónica do Funchal vai ser, futuramente, controlada pelo Porto”.

A jornada de greve iniciada esta segunda-feira vai ser cumprida dias 27, 28, 29 e 31 de maio e dias 03, 04 e 05, 06, 07, 11 e 12 de junho nos estabelecimentos prisionais de Santa Cruz do Bispo, feminino e masculino, no Estabelecimento Prisional do Porto, no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciaria do Porto e pela Equipa Porto Penal 6.

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