Em 2023 produziu-se menos lixo doméstico nos municípios da Lipor, mas a reciclagem de biorresíduos e de materiais subiu face a 2022.
A incineração de lixo voltou a permitir a produção e exportação de energia elétrica para a rede nacional, evitando a emissão de 105 mil toneladas de dióxido de carbono.
Foram produzidas, no ano passado, menos 4519 toneladas de lixo do que em 2022 pelos munícipes do Porto, Maia, Matosinhos, Gondomar, Espinho, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde. Por outro lado, tanto a reciclagem de biorresíduos como de papel ou cartão, plástico, metal e vidro, aumentou entre estes oito concelhos.
No caso dos resíduos verdes e alimentares, e de acordo com a Lipor (empresa responsável pela gestão, tratamento e valorização de resíduos urbanos nestes municípios), registou-se uma subida de 8% face a 2022, representando um total de 51889 toneladas.
Para a empresa, estes números são fruto da recolha seletiva de biorresíduos e resultado da expansão de projetos de recolha porta a porta e de proximidade com acesso condicionado. Além disso, este processo permite à empresa produzir composto orgânico e substratos Nutrimais (produtos Lipor).
Quanto à reciclagem de papel ou cartão, plástico, metal e vidro, a Lipor recebeu um total de 68028 toneladas destes materiais no ano passado, um crescimento perto de 3% quando comparado com 2022.
De recordar que a gestora de resíduos também procede à incineração do lixo que não pode ser aproveitado por processos de compostagem ou reciclagem na sua central de valorização energética, na Maia. Foi para esse equipamento que, no ano passado, a Lipor encaminhou 362933 toneladas de resíduos, produzindo e exportando 163182 MWh para a rede nacional de eletricidade.