Câmara de Matosinhos aprova orçamento de 174 milhões de euros para 2023

Câmara de Matosinhos (Foto de arquivo de cm-matosinhos.pt)

A Câmara de Matosinhos aprovou esta quarta-feira, dia 29, com os votos contra do PSD, PCP e do Movimento Independente António Parada, Sim!, o orçamento de 174,7 milhões de euros para 2024, mais 24 milhões de euros do que o ano anterior.

A previsão da receita municipal para 2024 ascende a 174,7 milhões de euros, dos quais 79,5% (139,0) são receitas correntes e 20,5% (35,7) são receitas de capital inscritas no Plano de Atividades e Orçamento 2024.

O orçamento foi elaborado num contexto de “incerteza e apreensão decorrente das tensões e conflitos geopolíticos, do grau de persistência do fenómeno inflacionista e consequente resposta por parte dos bancos centrais, bem como da intensidade do abrandamento económico decorrente da política monetária restritiva seguida na Europa e do agravamento dos custos de financiamento da economia”, pode ler-se no documento.

Durante a sua apresentação, a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, destacou o reforço de 20,5 milhões de euros face ao ano passado e um investimento inicial previsto para 2024 de 105,8 milhões de euros.

Deste valor, 76,1 milhões de euros vão para a coesão social com uma elevada afetação de recursos à habitação e resíduos sólidos (45,7 milhões de euros), à educação (11,3 milhões de euros) e aos transportes e vias de comunicação (14 milhões de euros), especificou.

A autarca apontou ainda o lançamento do orçamento participativo, no valor de 200 mil euros, e a abertura do Tribunal dos Julgados da Paz.

O vereador do PSD, Bruno Pereira, decidiu votar contra por não se rever naquele orçamento por não contemplar nenhuma das suas propostas. E o social-democrata lamentou o aumento da receita pela captação de impostos, defendendo que “havia margem” para baixar impostos.

A vereadora do PCP, Renata Freitas, também lamentou o facto de o orçamento não incorporar medidas apresentadas pelo partido, nomeadamente a realização de uma auditoria aos serviços de limpeza e o alargamento da gratuitidade dos passes de transporte público aos maiores de 65 anos.

António Parada também disse que não se revia no orçamento devido à diminuição da verba destinada à educação, indústria, cultura e turismo.

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