BE questionou ministro da Economia sobre falta de apoios aos ex-trabalhadores da refinaria em Matosinhos

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O Bloco de Esquerda questionou o ministro da Economia e do Mar sobre a falta de apoios aos ex-trabalhadores da Refinaria de Matosinhos da Petrogal.

Em audição parlamentar na Comissão de Economia realizada esta quarta-feira, a deputada Mariana Mortágua afirmou que “a decisão da GALP de fechar a refinaria de Matosinhos tinha razões operacionais da própria empresa e de seu lucro, não era motivada por preocupações climáticas. O resumo desta história é: a Galp tomou uma decisão de negócio, privada, em nome dos seus próprios lucros, despediu centenas de pessoas, deixou terrenos poluídos e contaminados em Matosinhos e espera recorrer aos fundos públicos e comunitários para a transição justa para pagar os custos sociais e ambientais da sua decisão”.

A deputada questionou a falta de respostas para os ex-trabalhadores da refinaria de Matosinhos cujos subsídios de desemprego estão a chegar ao fim: “A única proposta que a GALP está a fazer a estes ex-trabalhadores é levá-los para Sines mas com a contrapartida de não lhes contar a antiguidade, perdendo os anos de serviço, o que vai contra os princípios da transição justa”.

O ministro da Economia e do Mar reconheceu que há um problema na falta de resposta aos trabalhadores: “Falamos desse assunto com a Câmara Municipal. Está-se a tentar pressionar a GALP para readmitir trabalhadores”. Dizendo não estar a par das questões de antiguidade prometeu que “os trabalhadores têm de ser tratados com toda a dignidade e no respeito pelos seus direitos”.

O Bloco de Esquerda de Matosinhos reafirma a sua solidariedade com os ex-trabalhadores da Petrogal e o compromisso de não os deixar para trás. “A transição climática tem de ser feita com as pessoas e os trabalhadores e não contra eles”, refere o BE.

Vídeo da audição:

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