Bloco de Esquerda organizou reunião com ex-trabalhadores da Refinaria de Matosinhos

Pedro Filipe Soares_Foto reprodução de Facebook de Pedro Filipe Soares

Ex-trabalhadores da Refinaria de Matosinhos referiram o abandono que sentem existir por parte dos poderes públicos, desde o governo até à Câmara Municipal.

O Bloco de Esquerda realizou, a 29 de abril, uma reunião com ex-trabalhadores da Refinaria Petrogal, cujo tempo de subsídio de desemprego está a chegar ao fim.

O partido considera que a transição energética é essencial, mas não pode ser feita contra os trabalhadores nem contra as populações e em benefício dos grandes grupos económicos.

Telmo Silva, ex-trabalhador e ex-coordenador da Subcomissão de Trabalhadores (Sub. CT) da Refinaria do Porto da Petrogal, vê como inaceitável a falta de respostas por parte das entidades responsáveis a estes ex-trabalhadores e assume que é urgente a reintegração destas pessoas, “os trabalhadores estão ao abandono, continuam ao abandono, os trabalhadores precisam de ser apoiados na sua reintegração profissional, na sua formação”.

Pelo Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares anunciou que o Bloco de Esquerda irá chamar ao Parlamento mais entidades porque “os trabalhadores não podem ficar sem respostas e, como nos disseram, é importante que o IEFP, a CCDR-N e a Câmara Municipal de Matosinhos sejam chamadas a dar explicações”.

O dirigente bloquista exigiu ainda atenção por parte das entidades públicas para a situação delicada onde se encontram estes ex-trabalhadores, “há dois anos que desesperam, os subsídios de desemprego estão a chegar ao fim e não há nenhuma luz ao fundo do túnel, nem sequer a formação profissional que lhes tinha sido prometida”.

O eleito municipal Virgílio Matos afirmou que o Bloco de Esquerda irá continuar a insistir no tema junto da Assembleia Municipal, porque “com todas as promessas que estão a ser feitas para os terrenos da Petrogal, sabendo até que muitas nem sequer sairão do papel, há o completo esquecimento das responsabilidades perante os ex-trabalhadores da refinaria e isso não é aceitável”.

Nuno Moura (Estagiário do Curso Ciências da Comunicação da Universidade da Maia)

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