49º aniversário do ‘25 de abril’: ouvimos as lembranças dos mais velhos e as opiniões dos mais novos

Foto de Arquivo

Nas vésperas de mais um aniversário do ‘25 de abril’ (o 49º), procura-se perceber o que mudou, e de que forma, no nosso país.

O Notícias Primeira Mão foi ouvir alguns cidadãos, de idades variadas, sobre as perspetivas de cada um acerca da revolução levada a cabo pelos capitães de abril.

Este marco na História de Portugal é lembrado pelos mais velhos e já estudado como História pelos mais novos. O 25 de abril trouxe a Portugal mudanças profundas não só na vida política como também nos costumes, direitos e liberdades dos portugueses.

Para Manuela Moura, funcionária pública aposentada, o setor público foi dos que mais se alterou. Diz ainda que “as chefias, as rotinas e as hierarquias foram profundamente modificadas”, e a mudança abriu “portas às mulheres” para poderem assumir o papel principal nas empresas, na vida política e na sociedade.

A queda do Estado Novo reflete-se numa mudança socioeconómica na vida dos portugueses. O poder de compra cresceu e a qualidade de vida melhorou, no parecer de Manuel António Nunes, que relembra os seus dias como bancário. Considera que a “mudança de regime impulsionou a evolução” social e tecnológica nas empresas e no país. A nova etapa ficou assim marcada pela conjuntura propícia para o desenvolvimento tecnológico e empresarial em Portugal.

Para muitos jovens, o 25 de abril é uma data importante, mas distante e abstrata. A revolução foi responsável pela valorização dos princípios da liberdade e democracia, elementares e dados como adquiridos e naturais pela geração mais nova.

Na visão de Miguel Peixe, estudante universitário, “esta data concretiza os valores e liberdades que fazem parte da realidade atual”, no entanto, “é uma data um pouco longínqua e difícil de compreender”.

Em relação ao papel da mulher, os jovens portugueses assumem a importância do 25 de abril para a mudança das mentalidades, e veem a época como o início de uma caminhada longa que se mantém até aos dias de hoje.


Renata Mendes, universitária, afirma que “esta data é uma das mais importantes do país e representa o início da afirmação das mulheres na sociedade portuguesa”, e permitiu “a abertura das mentalidades na direção de um mundo mais justo”.

 

 

 

Nuno Moura e Inês Raposo (Estagiários do Curso Ciências da Comunicação da Universidade da Maia)

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