PSD/Matosinhos culpa APDL e PS pelos atrasos no porto de Leixões

Bruno Pereira (Foto DT)

O presidente do PSD/Matosinhos disse esta segunda-feira, dia 27, que os “sucessivos atrasos” nas cargas e descargas no Porto de Leixões, em Matosinhos, são responsabilidade da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), PS/Porto e do Governo.

Estes problemas, aos quais se somam a paralisação dos camionistas na semana passada, são “há muito conhecidos” e são culpa da APDL, da Federação do PS/Porto e do Governo de António Costa “por não nomear os melhores” para os cargos de gestão, mas aqueles que asseguram “os seus interesses pessoais e benefícios futuros”.

“É tempo de o ministro das Infraestruturas e de Eduardo Vítor Rodrigues [presidente da Câmara de Gaia e do PS/Porto] se entenderem e não competirem nas nomeações para a APDL porque, depois, acabam a nomear um “boy” do PS. Urge é resolver este problema com medidas concretas para que o Norte não continue a ser prejudicado economicamente”, considerou em comunicado o também vereador no executivo municipal Bruno Pereira.

Justificando a afirmação, o dirigente social-democrata recordou que, nas últimas semanas, “muito se tem falado de nomes, desentendimentos e métodos usados pelo PS para a nomeação do presidente do conselho de administração da APDL” e sublinhou ser “lamentável que a APDL não tenha ainda colocado em prática medidas de boa gestão, visto que os transportadores continuam desagradados com o sistema atual”.

O tempo médio de imobilização dos camiões é o dobro do habitual, situação “pouco benéfica” para a economia portuguesa, sustentou.

Na quarta-feira, os operadores rodoviários que operam no Porto de Leixões não chegaram a acordo com a administração portuária acerca de compensações pelos tempos de espera, tendo paralisado a sua operação no terminal nortenho, confirmou, na ocasião, a APDL. Dois dias depois, a plataforma de contestação pela inoperacionalidade do Porto de Leixões anunciou o fim da paralisação de várias empresas de camionagem.

À agência Lusa, fonte da APDL referiu que um novo sistema, em implementação prevê “um aumento da eficiência em breve”, mas há necessariamente um período de adaptação.

A distrital PS/Porto respondeu à Lusa, afirmando que a posição da concelhia do PSD/Matosinhos “não faz nenhum sentido porque as nomeações não são feitas nas sedes partidárias”.

 

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