Edifício que ardeu ontem em Matosinhos já tinha sido alvo de alertas pela Associação Viver Matosinhos

Foto: Reprodução Facebook Humberto Silva

O edifício público que ardeu ontem à tarde, já tinha sido alvo de um pedido de informações em setembro do ano passado pelo deputado municipal Carlos Alberto, eleito à Assembleia Municipal de Matosinhos e membro fundador da associação Viver Matosinhos.

Carlos Alberto enviou um pedido de informações sobre esta situação na Rua Roberto Ivens, “devido à queda parcial da fachada de um edifício”.

“Há cerca de seis meses ruiu parcialmente o muro de um prédio sito na Rua Roberto Ivens, entre a Rua Carlos Carvalho e o Passeio da Praia, onde, em tempos, funcionou como armazém da empresa “Vinhos Ponto Final”, lia-se no pedido.

A queda deste muro do armazém deixou a Rua Roberto Ivens, no sentido norte-sul, parcialmente obstruída. Referia ainda o deputado: “Tal constitui um fator de risco no que à segurança e salubridade diz respeito, com os inconvenientes que daí resultam, para os cidadãos que por ali circulam. Os serviços municipais de proteção civil criaram, e bem, as condições provisórias para garantir a segurança das pessoas. Não há, no entanto, justificação para que esta situação se mantenha por tanto tempo.”

Sendo este prédio do Estado, sob a alçada do Ministério das Finanças, “compete à Administração Pública, designadamente o Estado, dar o exemplo não sendo correto que as medidas legalmente estabelecidas não sejam aplicadas de igual forma para todas as entidades e pessoas sejam elas públicas ou privadas”, podia ainda ler-se no documento.

Perante o problema, já na altura o deputado referia no pedido de informação compreender que não era “ao inquilino (vinhos ponto final)” a quem cabia a responsabilidade de repor a situação nas condições de segurança aconselháveis, mas “ao proprietário Estado”, solicitando que “seja pedida informação ao executivo sobre que medidas que eventualmente já foram tomadas para fazer com a lei seja aplicada ao Estado da mesma forma e medida que acontece com os cidadãos ou entidades privadas”.

O problema persistiu e ontem à tarde houve um incêndio no edifício devoluto.

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