A União das Mulheres Alternativa e Resposta apela ao investimento em educação para a não violência, alertando para casos de violência sexual, e no reforço da ideia de que as vitimas não podem ser culpabilizadas.
A UMAR defende também a criação de um Observatório para a Violência Sexual. Ideias sublinhadas durante a apresentação de um relatório feito com base em notícias divulgadas na imprensa online no ano passado. Nesse período foram noticiados 299 casos de violência sexual. Desses, 62,7% ocorreram na habitação da vítima ou do ofensor, 10,9% em espaço público, 8,8% em local ermo e 5,4% na escola.
O veículo do ofensor ou da vítima, via Internet, numa casa de banho pública, num consultório médico, bem como num hospital, hotel, garagem ou local de treino são outros dos locais onde ocorreram situações de violência de acordo com as notícias analisadas.
A vitimação continuada é o tipo mais presente nos casos noticiados (52%), sendo o tempo médio de vitimação superior a três anos.
O relato dos casos confirma que na maioria das vezes os crimes são cometidos por pessoas conhecidas da vítima.