Os “muito poucos” alunos ciganos que chegam ao ensino secundário são sobretudo rapazes, têm algumas fragilidades socioeconómicas, a maioria teve pelo menos uma retenção escolar, mas conseguiram ir mais longe nos estudos graças ao apoio da família.
Uma equipa de investigadoras do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa quis compreender as trajetórias escolares dos estudantes ciganos no ensino secundário, compreender as suas aspirações e perceber se queriam concorrer ao ensino superior ou terminar o 12.º ano e procurar uma oportunidade de trabalho.
Em declarações à agência Lusa a coordenadora do projeto falou da dificuldade em encontrar alunos ciganos a estudar no ensino secundário, apontando que o trabalho de pesquisa foi mais demorado por causa da efetiva subrepresentatividade destes jovens.
De acordo com Maria Manuela Mendes, até ao terceiro ciclo “ainda há uma representatividade interessante” de alunos ciganos, “ainda que não muito elevada”, mas no terceiro ciclo (9.ºano) começam a ser menos e no secundário “são muito poucos”, não chegando aos 3%, segundo dados da Direção-geral de Estatísticas da Educação e Ciência.