Os trabalhadores da refinaria de Matosinhos mostram-se “sem esperanças” para reverter o despedimento coletivo já anunciado pela Galp. O sentimento surge após nova reunião com o Ministério do Ambiente, esta segunda-feira, em Lisboa, onde não foram encontradas soluções.
Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte) e trabalhador na refinaria, conta que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que terá “em breve” uma reunião com a Galp, na qual “colocará com preocupação esta situação.” Mas a tutela prefere não comentar reuniões de trabalho.
“O Ministério diz que não se pode imiscuir em gestão privada, com continua a financiar os investimentos destas empresas”, acrescenta o sindicalista, argumentando ainda que o Estado é o segundo maior acionista da empresa.
A reunião, realizada a pedido da Fiequimetal, tinha por objetivo encontrar soluções para os trabalhadores que estão englobados no processo de despedimento coletivo e que “em vez de ingressarem noutras empresas, vão ser obrigados a recorrer ao fundo de desemprego”.
Telmo Silva recorda que “diziam que a transição energética não ia deixar ninguém para trás”, mas o certo é que “continua a não ser apresentado nenhum estudo que confirme as razões que levam ao encerramento” do complexo petroquímico em Leça da Palmeira, Matosinhos.