A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) afirmou que a descentralização de competências está em “marcha acelerada” e mostrou-se confiante em “soluções de consenso” com o Governo quanto à transferência de verbas para as autarquias.
Em Boticas, no distrito de Vila Real, decorreu uma reunião descentralizada do conselho diretivo da ANMP e um dos temas discutido pelos autarcas foi o processo de descentralização de competências.
Luísa Salgueiro afirmou que este é um processo que está em “marcha acelerada”.
“É um momento muito importante na administração pública portuguesa, este processo de descentralização é uma reforma há muito desejada pelos municípios que agora avança, mas é óbvio que uma alteração como esta tem grande impacto na vida das autarquias, portanto, não se faz sem problemas”, afirmou a também presidente da Câmara de Matosinhos.
A autarca socialista apontou “áreas com realidades diferentes”, referindo que, na Educação, apenas “uma mão” de municípios colocou problemas, enquanto na Saúde “pouco mais de 30 autarquias” assinaram os autos de transferência.
Entre os que se opõem às transferências na área da Educação está o município do Porto que, inclusive, apresentou uma providência cautelar.
“Essa providência não teve sucesso. O processo está a avançar de uma forma geral sem problemas de maior, a não ser a necessidade de termos de acertar questões de verbas. Tivemos a discutir isso mesmo, os novos custos de existem de transportes, de refeições escolares e que vão ser tratadas nesta relação aberta, dialogante e recíproca que existirá seguramente com o Governo”, salientou Luísa Salgueiro.
Questionada sobre as queixas dos autarcas relativamente ao envelope financeiro que acompanha a transferência de competências, a autarca mostrou-se confiante de que “vai ser possível, como tem sido sempre, chegar a soluções de consenso”.
