Construção do metrobus no Porto arranca em junho e linha vai prolongar-se até Matosinhos

Foto: reprodução de cm-matosinhos.pt

A construção do metrobus no Porto, cujo contrato de conceção foi hoje assinado, vai arrancar em junho, mês em que a Metro do Porto vai lançar um concurso para a extensão daquela linha até à Rotunda da Anémona.

Na cerimónia de assinatura do contrato de conceção e construção da linha de metrobus no Porto, o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, afirmou que a empreitada arranca em junho.
“A nossa perspetiva é arrancar com a empreitada em meados de junho”, adiantou.

A linha de metrobus, adjudicada ao consórcio das empresas Alberto Couto Alves e Alves Ribeiro por 24,9 milhões de euros, vai desenvolver-se ao longo das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa.

Perfazendo um traçado de oito quilómetros (quatro em cada sentido), a linha contará com oito estações de superfície: Casa da Música, Bom Sucesso, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império.

A estimativa de procura para esta linha ronda as “11.088 validações médias diárias” e “com uma frequência de dez veículos”, disse Tiago Braga, salientando que durante o processo concursal, que tinha uma dotação de 45 milhões de euros, a Metro do Porto quis “dar um passo em frente”.

“Quisemos ser mais exigentes no sentido de aproveitar esta dotação financeira e ser mais ambiciosos na capacidade de transformação da cidade”, afirmou Tiago Braga.

Neste “processo mais ambicioso”, a Metro do Porto pretende lançar, também em meados de junho, um concurso público para a “extensão” do modelo da linha de metrobus até ao Castelo do Queijo, fazendo a ligação à Rotunda da Anémona, em Matosinhos.
“Estamos a falar de mais 3,5 quilómetros de operação com mais cinco estações: Antunes Guimarães, Garcia da Horta, Nevogilde, Castelo do Queijo e a Rotunda da Anémona”, adiantou, acrescentando que em termos de procura, este eixo rondará as 9.000 validações médias diárias.

“A nossa perspetiva de colocação ao serviço [da população] é 31 de dezembro de 2023. Este é um plano muito ambicioso, que corresponde aos desafios que se colocam hoje às cidades. Sabemos que este é um impulso muito grande para o processo de descarbonização”, referiu Tiago Braga.
Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, salientou que a possibilidade de “com folga orçamental” expandir esta linha até ao Castelo do Queijo e, posteriormente, à Rotunda da Anémona “resolve os problemas de mobilidade não apenas da zona ocidental do Porto, mas o interface com Matosinhos Sul, que fica muito bem servido”.

“A frequência passa a ser de seis metrobus por hora, ou seja de dez em dez minutos, o que permite que estes autocarros possam viver com o restante trânsito automóvel, o que responde a uma das fortes preocupações da população, que temia que o facto de haver vias dedicadas na Marechal Gomes da Costa pudesse acarretar consequências graves no transporte individual”, assinalou o autarca, observando que gostava que estes veículos fossem operados pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STPC).

Já o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, destacou que este o projeto da linha de metrobus é “um ótimo modelo de gestão de uma empreitada pública” e que o mesmo vai “requalificar o transporte público”.
A nova linha de metrobus será parte do sistema de transporte da Área Metropolitana do Porto e integrará o sistema de bilhética intermodal Andante.

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