Casa do Design de Matosinhos expõe produção em Portugal de nove criadores

foto cm-matosinhos

A Casa do Design de Matosinhos expõe, de sexta-feira a 23 de janeiro de 2022, a mostra “D – Coleção em Exposição”, exibindo trabalhos de nove designers de várias gerações.

Segundo comunicado de imprensa da Casa do Design, “desmonta-se uma coleção para montar uma exposição”, juntando esta instituição à Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), que publica monografias sobre designers portugueses.

A primeira parte desta mostra exibe obras de nove dos 15 autores já contemplados na coleção concebida por Jorge Silva, e junta na organização a Câmara de Matosinhos, a INCM e a esad-idea, o núcleo de investigação e programação da Escola Superior de Artes e Design (ESAD).

São abrangidos nesta mostra Victor Palla, Fred Kradolfer, Luís Miguel Castro, João da Câmara Leme, Roberto Nobre, Carlos Guerreiro, Dorindo Carvalho, Vítor da Silva e a dupla R2, Lizá Defossez Ramalho e Artur Rebelo.

Com curadoria de José Bártolo, a mostra coloca em diálogo designers de várias gerações diferentes da produção em Portugal, além da variedade do material gráfico apresentado, que vai de ‘posters’ a capas de livros, revistas e publicidade, entre outros exemplos.

De Vítor da Silva, por exemplo, há um programa de recitais de órgão na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1970, enquanto o estúdio R2 conta com um desdobrável dedicado à encenação de “Molly Bloom” pela companhia As Boas Raparigas, em 2002, e de Roberto Nobre uma publicidade de 1930: “Sansão nunca teria perdido a força se tomasse Bovril”.

A mostra tem curadoria de José Bártolo, que explica, em comunicado, que a exposição, que vai de ‘posters’ a capas de livro e muitos outros materiais gráficos, torna visível um arquivo “através do qual se podem construir diversas interpretações históricas e leituras críticas sobre o design português”.

“Partilham-se nesta exposição olhares específicos e detalhados sobre as obras dos designers publicados, sem a intenção de legitimar a narrativa historiográfica dominante centrada no culto da autoria, mas, igualmente, sem a pretensão de estabelecer uma vinculação a contranarrativas históricas mobilizadas pelo objetivo de despatriarcalizar, descolonizar ou desautorizar as leituras hegemónicas dominadoras”, pode ler-se na apresentação.

A partir da “Coleção D”, lançada em 2011, a produção e o design são expostos, para poderem ser “entendidos em contexto e integrados nas suas circunstâncias, proporcionando ao visitante um meio para a construção de novas leituras”.

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