O sector do alojamento turístico registou 2,4 milhões de hóspedes e seis milhões de dormidas em abril de 2022, correspondendo a aumentos de 1,6% e 1,1%, pela primeira vez, face a abril de 2019, desde o início da pandemia, revela esta terça-feira, 31 de maio, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Face ao mês anterior (março) os aumentos foram ainda mais expressivos, com o número de hóspedes a crescer 462,6% e as dormidas a aumentarem 540%. Em termos homólogos, face a 2021, os aumentos correspondem a 424,6% e 548,4%, respetivamente.
Dos números registados em abril de 2022, o INE refere que 1,9 milhões de dormidas correspondem ao mercado interno, com os estrangeiros a totalizar as restantes 4,1 milhões — o maior valor desde o início da pandemia. Em comparação com abril de 2019, o mercado interno cresceu 15% e os mercados externos diminuíram 4,4%.
Outro dos dados divulgados pelo gabinete de estatísticas português, diz respeito ao número de alojamentos turísticos que estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes — 22,9%.
Nos primeiros quatro meses de 2022, as dormidas aumentaram 449,2% (181,0% de residentes e 1.022,1% de não residentes). Comparado ao mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 11,9%, como consequência da diminuição dos não residentes (-18,4%), dado que as de residentes registaram um aumento de 3,4%.
Algarve continua como destino preferencial
Em abril, o Algarve concentrou 27,1% das dormidas. Segue-se a Área Metropolitana de Lisboa (26,5%), o Norte (16,7%) e a Região Autónoma da Madeira (12,1%).
Em comparação a abril de 2019, registaram-se aumentos na RA Madeira (19,9%), Alentejo (16,7%), Norte (10%) e Centro (+2,5%). Já o maior decréscimo observa-se no Algarve (8,9%).
Em relação às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com exceção do Algarve (-5,6%). Os maiores aumentos verificaram-se na RA Madeira (88,8%), Alentejo (20,7%), Norte (19,4%) e Centro (18,4%).
As dormidas de não residentes registaram aumentos na RA Madeira (11,0%), Alentejo (9,2%) e Norte (4,0%). As maiores diminuições observaram-se no Centro (16,8%) e RA Açores (16,4%).
