Portugal volta a registar em junho maior taxa de excesso de mortalidade da UE

Portugal volta a registar em junho maior taxa de excesso de mortalidade da UE
foto Facebook Freguesia Cidade da Maia

 

Os dados hoje publicados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que, enquanto no conjunto da UE, o excesso de mortalidade – a percentagem de mortes adicionais em comparação com a média mensal de óbitos no período entre 2016-2019 – prossegue uma tendência decrescente, tendo recuado de 11,2% em abril para 7% em maio e para 6,2% em junho, em Portugal aumentou pelo quinto mês consecutivo.

A taxa de excesso de mortalidade de 23,9% registada em Portugal em junho – que compara com 19,2% em maio – é, de forma destacada, a mais elevada entre os 27 Estados-membros, à frente de Espanha (16,7%) e Estónia (16,2%).

Os dados do Eurostat mostram que seis Estados-membros registaram valores abaixo da média mensal nacional no período 2016-2019 (anterior à pandemia de covid-19), com realce para os recuos verificado em Chipre (-28,3%), Roménia (-9,0%) e Bulgária (-7,9%).

Em Portugal tem-se registado um crescimento progressivo do excesso de mortalidade desde janeiro de 2021, mês em que até se verificou um valor abaixo da média mensal nacional em comparação com o período 2016-2019, de -4,4%. Em fevereiro, aumentou para 4,1%, em março para 6,9% (superando então a média da UE, de 6%), em abril para os 12,4% (face a 10,7% da União), em maio, para os 19%, e em junho para 23,9%, um valor já muito próximo do mais elevado observado em Portugal desde fevereiro de 2021 (24,6%).

No conjunto dos 27, a UE registou os maiores picos de excesso de mortalidade em abril de 2020 (25%), novembro de 2020 (40%), abril de 2021 (21%) e novembro de 2021 (26%), enquanto em Portugal o pico foi registado em janeiro de 2021 (60,5%).

 

 

 

 

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