O que Vila do Conde quer para o futuro

O que Vila do Conde quer para o futuro

O executivo municipal escolheu as pessoas como centro de todas as decisões estratégicas, nos próximos 10 anos. As pessoas escolheram a qualidade de vida.

O Plano Estratégico Vila do Conde 2020-2030 (PEVC 20-30), delineado, em linhas gerais de atuação, foi submetido às escolhas da população. Foram enviados para casa dos munícipes 38 mil inquéritos, mas só 1618 é que obtiveram resposta (4,3% ).

A qualidade de vida e o património natural está entre os aspetos mais valorizados. A oferta na área da saúde é do que as pessoas mais se queixam e as questões da sustentabilidade também preocupam.

As conclusões foram apresentadas à comunicação social.

Melhorar a qualidade de vida, promover o desenvolvimento sustentável, reduzir as disparidades concelhias, preservar a identidade, harmonizar o meio urbano e rural e acelerar a digitalização são os seis grandes desígnios da próxima década, em Vila do Conde.

Para já, fruto da proximidade das eleições autárquicas, não há prazos, nem medidas concretas, nem se sabe quanto vão custar, mas o PEVC 20-30 está pronto, dando cumprimento ao repto lançado pelo governo aos municípios, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Só a partir de outubro é que este documento estará completo, com essas medidas que temos connosco, mas que, por motivos de natureza política, não podem ser apresentadas agora”, explicou a presidente da Câmara, Elisa Ferraz.

Apesar da adesão ao inquérito, Miguel Taborda, da Deloitte, a empresa escolhida para ajudar a elaborar o documento, disse, que a adesão aos inquéritos até está “acima do habitual” em estudos semelhantes e garante que a opinião e as preocupações dos vilacondenses (particulares, empresas e instituições) foram tidas em conta.

Infraestruturas, património, pessoas, economia e ambiente serão os pilares estratégicos. Para cada um haverá três programas específicos e um total de 41 medidas, com o objetivo de “responder a necessidades e fortalecer os pontos positivos”.

Saúde, educação e ambiente são as áreas onde o investimento é considerado mais prioritário (de acordo com os inquéritos realizados). Habitação e área social e cívica foram menos escolhidas como prioridade.

Elisa Ferraz lembra que, de acordo com os primeiros dados dos Censos 2021, Vila do Conde foi o município do distrito do Porto que mais cresceu (e um dos 5 em 18). A qualidade de vida e o património natural, destacados pelos inquiridos, ajudam, provavelmente, a explicar a subida em contraciclo e essa, frisa, é uma “marca” que Vila do Conde quer manter.

O Plano aponta cinco Pilares Estratégicos: Centrado nas Pessoas e no “Desenvolvimento do Concelho para as Pessoas”, a que se agregam outros quatro pilares: Incrementar/ otimizar a capacidade das infraestruturas; Potenciar a singularidade do património, da cultura e do turismo; Fomentar a dinâmica económica e a Promoção de um futuro verde e sustentável.

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