O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública defendeu que a situação dos surtos nos lares de idosos merece cautelas, mas não defende a massificação dos testes nem uma terceira dose da vacina, sem evidência cientifica.
Em declarações à agência Lusa, a propósito dos surtos nos lares, Ricardo Mexia afirmou que esta questão deve ser olhada com “bastante cautela”.
“A questão dos lares é preocupante no sentido em que sabemos que são os contextos em que mais severidade e mais mortalidade tivemos no passado”, mas, ressalvou, a situação “ainda está muito longe” do cenário vivido em janeiro e fevereiro, “muito mais complicado”.
Nesse sentido, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) reiterou que é preciso “manter as cautelas” em relação à população idosa, que “é bastante vulnerável”, e defendeu que perante o surgimento de casos é necessário ser muito célere na testagem.
Mas, apesar de defender que sejam feitos testes de rastreio à covid-19 quando são identificados casos nos lares e, provavelmente, até na comunidade mais próxima, o especialista disse ter dúvidas sobre a massificação da testagem neste momento.