Maia realizou conferência sobre o modelo inédito “Recicle+Pague-“

Desde 1998 que a Câmara da Maia iniciou a recolha seletiva de resíduos e a preparação para o caminho do novo paradigma do utilizador/pagador. Todo esse trabalho culminou no projeto Recicle+Pague-, a tradução do projeto municipal do conceito internacionalmente conhecido como PAYT (Pay As You Throw – ou seja “pague apenas pelo que deita fora”).

Hoje decorreu no Tecmaia uma Conferência promovida pela Maiambiente sobre este assunto, em que tiveram intervenção diversos elementos da empresa municipal envolvidos no desenvolvimento do projeto, a par de especialistas nesta área e de membros de outras autarquias onde já se aplicam modelos PAYT de outro género, como os casos de Guimarães, Viana do Castelo e Condeixa-a-Nova.

O modelo do município da Maia, o R+P-, foi explicado, nas suas mais diversas vertentes, desde o investimento tecnológico ao humano, passando pela adaptação e aplicação de novos regulamentos e tarifários de resíduos, que, desde 2022, deixaram de estar indexados ao consumo da água por cada munícipe.

Recorde-se que a primeira fatura com este modelo PAYT foi tirada em fevereiro do ano passado, numa cerimónia pública.

O modelo começou a ser aplicado na Maia em 3500 habitantes (5% da população), em 2022, passando para 19 mil este ano, correspondendo a uma meta de 30% da população atingida. A Maiambiente prevê, de acordo com o seu diretor Carlos Mendes, que em 2024 chegue a 61 mil habitantes e fique atingida 100% da população.

Os intervenientes da Maiambiente, durante as intervenções realizadas hoje de manhã, foram unânimes em considerar que o projeto está a ter resultados no que respeita à diminuição de resíduos indiferenciados recolhidos e, por outro lado, um acréscimo dos resíduos recicláveis entregues para recolha.