A Direita em Portugal desapareceu “por culpa própria” – Manuel Monteiro nos Encontros da Maia

Foto: A. Santos

No Salão Nobre dos Paços do Concelho da Maia, está a decorrer desde manhã o I Ciclo de Conferências “Alexandre Herculano – Encontros da Maia”, numa parceria organizativa da Câmara da Maia com a Faculdade de Direito da Universidade Lusófona/Centro de Estudos Avançados em Direito Francisco Suarez.

O tema em análise pelos diversos políticos convidados é “A transformação do paradigma democrático”.

Pela mesa, passam oradores como Daniel Innerarity, filósofo e cientista político de primeiro plano mundial, a par de Manuel Monteiro, António José Seguro e Miguel Poiares Maduro.

No primeiro painel da tarde sobre “A Europa e o Pós-Populismo” foram oradores Manuel Monteiro (através de vídeo-conferência), antigo líder do CDS-PP, e o vereador da Cultura da Câmara da Maia, Mário Neves.

Ambos foram unânimes em afirmar que a Direita em Portugal desapareceu do mapa político nos últimos tempos por “culpa própria”.

Manuel Monteiro afirma que a Direita Conservadora não radical teve receio de se afirmar como conservadora, por temer associações ao passado de ditadura e resolveu cativar um eleitorado mais ao centro. Monteiro defendeu que a Direita em Portugal “falhou por culpa própria”. Por outro lado, entende que a outra Direita radical e ultra liberal começou a ganhar adeptos, porque “nós – os partidos democráticos do espetro político dos últimos anos – estamos a falhar”, designadamente protagonizando políticas que estão a “acabar com a classe média”.

Manuel Monteiro salienta que “sem classe média, o país deixa de ter equilíbrio, pois passa a ter uma sociedade de extremos, um lado com os demasiado ricos e o outro lado com os demasiado pobres ou até subsídio-dependentes”.

 

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